"A minha opinião é que a resposta em Gaza, na Faixa de Gaza, tem sido excessiva", declarou o presidente à imprensa na Casa Branca.

O Exército israelita intensificou os seus ataques nesta quinta-feira em Rafah, e Washington alertou o seu aliado histórico sobre o risco de um "desastre" nesta cidade da Faixa de Gaza. Meses de bombardeamentos e cerco aprofundaram a crise humanitária, especialmente no sul de Gaza.

Biden assegurou que está a esforçar-se para que ajuda chegue ao território palestiniano, e apontou que o presidente do Egito, Abdel Fatah al-Sisi, inicialmente "não queria abrir as portas para permitir a entrada da assistência humanitária".

"Falei com ele. Convenci-o a abrir as portas. Falei com 'Bibi' para que abrisse as portas do lado israelita", disse, referindo-se ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu."Tenho me esforçado muito para levar ajuda humanitária a Gaza", insistiu.

A guerra recrudesceu a 7 de outubro quando milicianos islamistas mataram mais de 1.160 pessoas, na maioria civis, e sequestraram cerca de 250 em um ataque no sul de Israel, segundo um balanço da AFP baseado em dados oficiais israelitas. Entre os mortos, estão mais de 300 militares.

Um cessar-fogo de uma semana no final de novembro permitiu a troca de cerca de cem reféns por prisioneiros palestinianos detidos em Israel. Estima-se que cerca de 132 permanecem em cativeiro em Gaza e que 29 deles morreram.

Nos bombardeamentos e operações de represália israelitas em Gaza, cerca de 27.840 pessoas morreram, a maioria mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Hamas, uma organização classificada como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos.