Em declarações aos jornalistas, no final do debate na especialidade, no plenário, do Orçamento do Estado para 2017, Vieira da Silva falou de Alfredo Bruto da Costa como alguém que "exerceu com elevado mérito várias funções públicas" e que "foi, acima de tudo, um homem sempre empenhado no combate contra a pobreza".
Alfredo Bruto da Costa, antigo ministro dos Assuntos Sociais, no Governo de Maria de Lourdes Pintasilgo, e ex-conselheiro de Estado, morreu hoje, em Lisboa, aos 78 anos, vítima de doença prolongada.
"Era um dos maiores especialistas portugueses nessa área [pobreza], na sua vida académica e cívica essa foi sempre a sua grande prioridade", destacou Vieira da Silva, apontando que Bruto da Costa tinha uma "visão muito própria e exigente, às vezes um pouco idealista" do combate à pobreza.
Nesse sentido, apontou que Bruto da Costa dedicou toda a sua vida à "batalha pela justiça social" e referiu que a morte do antigo ministro "é um momento muito triste para Portugal".
"É com surpresa e tristeza que o vejo abandonar o nosso convívio, porque era alguém que tinha ainda muito a dar", acrescentou.
Questionado sobre o facto de Bruto da Costa acreditar que seria possível erradicar a pobreza por completo e sobre se haverá uma estratégia nacional de combate ao flagelo, Vieira da Silva respondeu que o Governo tem "definido como prioridade ter um plano de combate à pobreza infantil".
"Porque é um pouco a mãe de todas as pobrezas, porque é aí que se perpetua o ciclo intergeracional da pobreza", justificou.
Ainda assim, Vieira da Silva disse que, no combate à pobreza, faz parte todo o conjunto de políticas públicas, defendendo que "vale a pena" o país pensar numa "estratégia que possa agregar todos os agentes, todas as forças políticas e sociais", com o objetivo de erradicar a pobreza, essa "ambição universal".
Comentários