“Há um claro objetivo de redução para 65% da dependência de energia importada, o que é muito ambicioso, tendo em conta que Portugal tem atualmente uma dependência de 80% das importações. No entanto, este nível de ambição é realista dado o desenvolvimento de mais projetos de energia renovável”, considera o executivo comunitário, numa análise, hoje divulgada, ao plano energético português.
“O plano final beneficiaria com a inclusão de políticas e medidas para a segurança energética das regiões autónomas dos Açores e Madeira, particularmente como estas ilhas poderão aumentar a autossuficiência com o desenvolvimento de tecnologias limpas”, salienta ainda Bruxelas.
Por outro lado, a Comissão Europeia recomenda que Portugal tome medidas no sentido de “apoiar o nível de ambição pretendido de uma quota de 47% de energia proveniente de fontes renováveis, em 2030″.
A ‘comissão Juncker’ avança ainda que seja intensificada “a boa cooperação regional com a Espanha e a França”, no âmbito das interligações transfronteiriças e inter-regionais, que podem ser reforçadas.
Bruxelas recomenda ainda que Portugal tome medidas para “enumerar todos os subsídios ao setor da energia, nomeadamente aos combustíveis fósseis, e as ações empreendidas e os planos estabelecidos para os eliminar progressivamente”.
Bruxelas publicou hoje a sua avaliação dos projetos de planos dos Estados-membros para implementar os objetivos da União da Energia e, em particular, os objetivos acordados da UE em matéria de energia e do clima para 2030.
No Plano Nacional Integrado Energia e Clima 2021-2030, Portugal avança o compromisso de reduzir em 17% as emissões de dióxido de carbono, face a 2005, reforçar o peso das energias renováveis para 47% do consumo final bruto de energia, aumentar a eficiência energética para 35% e as interligações elétricas para 15%.
Pretende-se ainda que a dependência energética nacional se mantenha numa trajetória decrescente, pelo menos até 65% em 2030.
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