O líder parlamentar do PSD, Luís Montenegro, anunciou hoje que a sua bancada votará a favor de eventuais apreciações parlamentares para contestar a descida da Taxa Social Única (TSU), prevista no acordo de concertação social de dezembro, como contrapartida à subida do salário mínimo nacional (SMN) para 557 euros.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, considerou a notícia positiva e lembrou a posição da central sindical relativamente a esta matéria.
“A posição da CGTP é conhecida, somos contra a descida da TSU, e consideramos que cabe agora aos partidos com assento parlamentar tomar iniciativas no sentido de a travar”, disse o sindicalista à agência Lusa.
O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, manifestou preocupação face à posição assumida pelo líder parlamentar do PSD e considerou-a como uma falta de respeito para com os parceiros sociais e, em particular, para com a UGT.
“Antes do acordo de concertação social de 22 de dezembro alguns dirigentes do PSD disseram que estavam com a concertação social e agora, depois de conseguirmos um difícil acordo, vem o grupo parlamentar do PSD dizer que votará contra ele, se houver uma iniciativa parlamentar nesse sentido”, disse à Lusa.
Perante a posição assumida por Luís Montenegro, Carlos Silva questionou se o PSD “afinal está contra ou a favor da concertação social”, dado não estar em causa uma iniciativa para contestar o Governo.
O presidente do grupo parlamentar social-democrata disse aos jornalistas que “não será pela mão do PSD” que o acordo alcançado em concertação social será discutido no parlamento, mas afirmou que o PSD é “frontalmente contra a descida da TSU como forma de compensar o aumento do salário mínimo”.
Por isso, se o Bloco de Esquerda concretizar a intenção anunciada de pedir a apreciação parlamentar sobre o acordo alcançado em concertação social, o PSD votará a favor da iniciativa, ou seja contra a descida de 1,25 da TSU paga pelas empresas relativamente aos salários mínimos.
A CGTP foi o único parceiro social que não assinou o acordo de concertação social de 22 de dezembro, que determinou o aumento do SMN a 01 de janeiro para os 557 euros.
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