“Posso confirmar que [a visita] decorrerá esta semana”, assinalou o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Riabkov, citado pela agência noticiosa russa TASS.
Riabkov acrescentou que Moscovo aguarda uma conversa “profunda e profissional” com o chefe da AIEA.
A agência nuclear da ONU, com sede em Viena, também confirmou a deslocação do seu diretor-geral à capital russa.
Um porta-voz da Agência disse à agência noticiosa Efe que Grossi “tem previsto visitar Moscovo ao longo desta semana para prosseguir as suas consultas já encaminhadas e pôr em marcha uma zona da proteção e segurança nuclear em torno da central de Zaporijia”, situada no sudeste da Ucrânia e sob controlo das forças russas desde março de 2022.
Por seu turno, Riabkov indicou que a discussão na zona de segurança em torno da central será o “tema chave” da vista de Grossi.
O responsável máximo da AIEA esteve em Moscovo pela última vez em dezembro de 2022, quando se reuniu com Aleksei Lijachiov, chefe da agência atómica russa Rosatom.
Em janeiro, Rossi deslocou-se a Kiev onde se reuniu com o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, para abordar a situação de segurança em Zaporijia e o envio de missões da AIEA para outras centrais nucleares do país.
Segundo o organismo, em finais de janeiro, a zona em redor da central nuclear voltou a registar numerosas explosões.
Grossi indicou previamente que os indícios de atividades de combate perto da central sublinham a importância vital de chegar a acordo para a rápida concretização de uma zona de proteção de segurança nuclear em redor de Zaporijia.
Esta zona de proteção contribuiria para proteger a central e assegurar que não se torne num objetivo militar, ou que não sejam desencadeados ataques a partir das imediações das instalações, afirmou.
Os seis reatores da central continuam apagados, mas com dois em estado de fornecer vapor e calor à central e à cidade vizinha de Energodar.
A central também está a receber eletricidade externa que necessita para as funções essenciais de segurança, indicou a AIEA, que mantém uma equipa de observadores na central.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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