A ação de inspeção deu-se "no seguimento da receção de um conjunto de denúncias que visavam a prática de cuidados de saúde na área da estética por profissional não habilitado".

Através da "observação e provas recolhidas" a ERS apurou que "no espaço eram realizados procedimentos que requerem o uso de medicamentos e/ou dispositivos médicos cuja embalagem, bula ou folheto informativo contêm a indicação ou advertência de uso exclusivo por médico" entre estes a "aplicação de toxina botulínica, ácido hialurónico injetável, bioestimuladores, medicamentos anestésicos e fios tensores com recurso a agulha".

Eram ainda ilegalmente realizadas, "consultas de avaliação e diagnóstico médico para planeamento da intervenção no utente, assim como "alegadas consultas de psicologia e de atos de enfermagem por profissionais sem as devidas habilitações e qualificações".

"Foi decretada uma medida cautelar de suspensão imediata da atividade de saúde indevidamente prosseguida" refere a entidade reguladora.

"Os factos apurados foram comunicados ao Ministério Público e à Ordem dos Médicos, neste último caso por se ter apurado que a direção clínica era assumida por médico num estabelecimento que funcionava com profissionais não habilitados" - lê-se no documento da ERS.