As autoridades sanitárias pretendem aliviar os hospitais e oferecer um primeiro atendimento médico a pacientes com o vírus que não podem ficar em casa.
Nestes hotéis, os pacientes cujos sintomas requerem, mesmo assim, acompanhamento médico podem ser tratados sem necessidade de serem internados num hospital, tanto no início da doença como na sua fase final.
As unidades hoteleiras terão médicos e enfermeiros que irão manter os pacientes sob observação até que seja tomada a decisão sobre se podem voltar para casa ou, no caso de piorarem, transferi-los para um hospital.
O Governo regional de Madrid estima que entre 3.000 e 4.000 camas serão utilizadas "na primeira fase" nos próximos dias, mas não exclui que o número possa ser expandido desde já ainda mais, "se necessário".
Para trabalhar nestes hotéis transformados haverá uma bolsa de 4.400 médicos formados que ainda não acederam à especialidade, e ainda o pessoal disponível de enfermeiros e técnicos de enfermagem, todos supervisionados por profissionais do Serviço de Saúde de Madrid.
A comunidade autónoma de Madrid é a região espanhola mais atingida pela pandemia, com 5.637 infetados e 491 mortos até quarta-feira a meio do dia.
Isto, num país que é um dos mais afetados pelo Covid-19 que tinha causado até quarta-feira a morte de um total de 558 pessoas (67 nas 24 horas anteriores) e infetado 13.716 (mais 2.538), segundo os dados fornecidos pelo Ministério da Saúde espanhol.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, infetou mais de 210 mil pessoas em todo o mundo, das quais mais de 8.750 morreram.
Das pessoas infetadas, mais de 84.000 recuperaram da doença.
O surto começou na China, em dezembro, e espalhou-se já por 173 países e territórios, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Face ao avanço da pandemia, vários países adotaram medidas excecionais, incluindo o regime de quarentena e o encerramento de fronteiras.
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