Nas últimas semanas, o número de casos do coronavírus SARS-CoV-2, que provoca a doença covid-19, continua a aumentar em Israel, tendo como pano de fundo a disseminação da variante delta, mais contagiosa, em adultos não vacinados, mas também em pessoas vacinadas há mais de seis meses, o que levou as autoridades a decidir administrar uma terceira dose da vacina.
Até segunda-feira, as autoridades israelitas anunciaram mais de 9.000 casos diários, número que subiu hoje para 10.947, superando o recorde anterior de 10.118 casos num dia registado em 18 de janeiro, segundo dados do Ministério da Saúde.
Entretanto, o Ministério relatou um ligeiro declínio no número de casos graves em todo o país.
Apesar deste número recorde de casos, o Governo israelita decidiu não travar o início do ano letivo, programado para quarta-feira, para 2,4 milhões de alunos.
O primeiro-ministro israelita, Naftali Bennett, anunciou que os funcionários das escolas que se recusem a ser vacinados devem apresentar um teste negativo duas vezes por semana.
O Estado hebraico foi um dos primeiros países a lançar, em meados de dezembro, uma vasta campanha de vacinação graças a um acordo com a farmacêutica Pfizer, que entregou rapidamente milhões de doses em troca de dados sobre a eficácia da vacina na população, o que tornou possível reduzir o número de casos até à disseminação da variante delta.
Quase 5,5 milhões de pessoas receberam duas doses da vacina em Israel, ou seja, cerca de 60% da população total, incluindo mais de 80% dos adultos, não sendo a vacina autorizada para crianças menores de 12 anos.
No entanto, o Governo baixou no domingo para 12 anos a idade mínima para receber a 3ª dose da vacina contra o novo coronavírus, a fim de combater o aumento da contaminação, ligada à variante delta.
Face ao aumento do número de casos em Israel, a União Europeia (UE) decidiu na segunda-feira reimpor as restrições às viagens não essenciais àquele país.
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