“Devemos desmilitarizar Gaza após a destruição do Hamas” e “desradicalizar” o território palestiniano, disse Benjamin Netanyahu, no final da visita a Kfar Aza.
O gabinete do primeiro-ministro publicou imagens dos dois homens a passear pelas ruínas do ‘kibutz’.
“Teremos que reconstruir Gaza e espero contar com a ajuda dos nossos amigos árabes para o fazer”, continuou Netanyahu.
O primeiro-ministro acrescentou ainda que espera retomar as conversações de normalização das relações com a Arábia Saudita e “alargar o círculo da paz para além do imaginável”.
O ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, anunciou um acordo sobre a utilização do serviço de acesso à Internet por satélite Starlink, do empresário Elon Musk, em Israel e na Faixa de Gaza.
Nenhum dos comentários de Netanyahu mencionou as recentes acusações da difusão de discursos antissemitas na rede social X por parte de Musk.
A presidência israelita anunciou ainda que Musk iria discutir hoje com o Presidente do país, Isaac Herzog, a “necessidade de combater o antissemitismo ‘online'”, mas a reunião não foi divulgada publicamente.
Durante a reunião, o Presidente Herzog seria acompanhado por “representantes das famílias dos reféns detidos pelo Hamas”.
Musk tem sido criticado pela proliferação de discursos de ódio no X desde que assumiu o controlo da plataforma, a outubro de 2022.
Em meados de novembro, foi acusado pela Casa Branca de “promover, de forma abusiva, o ódio antissemita e racista”.
Numa mensagem no X, Musk concordou com uma teoria conspirativa, segundo a qual os judeus têm um plano secreto para encorajar a imigração ilegal para os países ocidentais, com o objetivo de enfraquecer a maioria branca nesses países.
Em setembro, antes da guerra entre Israel e o Hamas, Benjamin Netanyahu encontrou-se em São Francisco com Elon Musk, o líder dos gigantes tecnológicos, Tesla e SpaceX.
Nesse encontro, Netanyahu confessou a Musk que, “espero que encontre a capacidade de acabar com o antissemitismo ou de o reduzir tanto quanto possível”, dentro dos limites da liberdade de expressão.
O ataque sem precedentes do Hamas, a 07 de outubro, matou cerca de 1.200 pessoas em Israel, principalmente civis, segundo as autoridades.
Em resposta ao ataque do Hamas, Israel declarou guerra ao movimento islamita palestiniano e bombardeou intensivamente a Faixa de Gaza, até as partes terem chegado a acordo para uma trégua de quatro dias, que será prolongada por mais dois dias, segundo o Hamas e o Qatar.
Até ao início da trégua, os ataques do exército israelita em Gaza tinham matado mais de 14 mil pessoas, segundo o Hamas, que controla o enclave desde 2007.
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