“Não somos a república da violência nem do ódio. Não se pode ser chefe só no bom tempo. Se eles querem um responsável, ei-lo diante de vós. Eu respondo ao povo francês”, declarou Emanuel Macron perante os eleitos e vários elementos do Governo, citado pela agência de notícias francesa France Press.
Uma sondagem realizada hoje indica que 75% dos franceses querem que Macron quebre o silêncio, na sequência do caso Alexandre Benalla, o seu ex-segurança que foi filmado a espancar manifestantes que se faziam passar por polícias, a 01 de maio deste ano.
O Governo do Presidente francês enfrentará nos próximos dias a primeira moção de censura, com poucas possibilidades de passar, originada pelo escândalo desencadeado pelo seu ex-chefe de segurança.
Segundo a agência de notícias espanhola Efe, o novo capítulo do maior escândalo da era Macron começou com o anúncio da moção de censura por parte dos republicanos de centro-direita, a principal força da oposição.
O presidente do grupo parlamentar republicano, Christian Jacob, justificou a moção por considerar que o executivo liderado por Macron “fracassou” na gestão desta crise.
A moção de censura, que deve ser apresentada até o final desta semana e votada em seguida, tem remotas possibilidades de avançar, já que o partido de Macron, ‘A República em Marcha’, goza de maioria absoluta na Assembleia Nacional.
“Queremos que o Governo se explique”, explicou Christian Jacob, ciente das poucas possibilidades de retirar o atual Governo do poder.
A oposição criticou a sanção aplicada a Alexandre Benalla, que foi punido sem emprego e salário entre 04 e 22 de maio, mas que voltou a assumir a função de chefe de segurança até ser demitido por Macron no último fim de semana, após o jornal Le Monde ter revelado o vídeo que mostra as agressões.
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