“Nas últimas semanas, a 551ª Brigada da 162ª Divisão garantiu o controlo da área do campo de Jabalia, um dos centros operacionais do Hamas na Faixa de Gaza”, avançou um comunicado militar israelita.
As operações incluíram “batalhas ferozes” durante as quais “muitos terroristas foram mortos por soldados” e centenas de armas localizadas, disse o porta-voz do Exército israelita, Daniel Hagari.
Os corpos encontrados correspondem aos de três soldados capturados em 7 de outubro, Ziv Dado, Ron Sherman e Nick Beiser, bem como dos civis Eden Zacharias e Elia Toledano.
“Como parte da operação, e seguindo informações avançadas dos Serviços Secretos (…), foi exposta uma rede de túneis estratégicos que serviam como quartel-general do Hamas no norte de Gaza”, assinalou o Exército israelita.
A base subterrânea em Jabalia incluía dois níveis: o primeiro com cerca de dez metros de profundidade e o segundo com dezenas de metros de profundidade.
“A rede de túneis, com inúmeras rotas, foi utilizada para direcionar o combate e a movimentação de terroristas. Nas profundezas do quartel militar foram encontradas armas, infraestruturas para o fabrico de armas e esconderijos de emergência”, acrescenta o comunicado militar.
Quanto à descoberta dos corpos dos sequestrados nos túneis, o Exército indicou que a informação já foi dada às famílias, a quem apresentaram condolências.
O mais recente conflito entre Israel e o Hamas foi desencadeado após um ataque sangrento e sem precedentes do movimento islamita palestiniano em território israelita em 07 de outubro.
No total, 1.140 pessoas, na maioria civis, foram mortas nesse dia, segundo uma contagem da agência noticiosa AFP a partir dos últimos números oficiais israelitas. Cerca de 240 civis e militares foram sequestrados, com Israel a indicar que 127 permanecem em Gaza.
Em retaliação, Israel, que prometeu destruir o movimento islamita palestiniano, bombardeia desde 07 de outubro a Faixa de Gaza, onde, segundo o governo local liderado pelo Hamas, já foram mortas perto de 20.500 pessoas — na maioria mulheres, crianças e adolescentes — e feridas mais de 52 mil, na maioria civis, destruídas a maioria das infraestruturas e perto de 1,9 milhões forçadas a abandonar as suas casas, a quase totalidade da população do enclave.
A população da Faixa de Gaza também se confronta com uma crise humanitária sem precedentes, devido ao colapso dos hospitais, o surto de epidemias e escassez de água potável, alimentos, medicamentos e eletricidade. Desde 07 de outubro, mais de 280 palestinianos também já foram mortos pelo Exército israelita e por ataques de colonos na Cisjordânia e Jerusalém leste, ocupados pelo Estado judaico, para além de mais de 4.000 detidos.
Comentários