“As pessoas parecem pensar que a (pandemia) do novo coronavírus está terminada”, mas está “longe de estar terminada” e “poderíamos testemunhar a qualquer momento um pico perigoso”, alertou o ministro da Saúde iraniano, Saïd Namaki, numa entrevista transmitida pela televisão do país.

Segundo o porta-voz do ministério da Saúde iraniano, Kianouche Jahanpour, 2.979 novos casos foram registados nas últimas 24 horas, elevando o número total de pacientes com covid-19 para 154.445.

O vírus também matou 7.878 pessoas na República Islâmica, incluindo 81 nas últimas 24 horas.

As províncias de Hormozgan (sul), Kermanshah (oeste) e Sistan-Baluchistão (sudeste) estão atualmente passando por um ressurgimento de infeções, disse Namaki.

Metade das vítimas registadas nas últimas 24 horas estão localizadas em três províncias, acrescentou, sem nomeá-las.

“Se isso continuar, o número de mortos pode voltar a três dígitos”, referiu o ministro.

O número de novos casos registados no Irão está a aumentar quase constantemente desde 02 de maio, quando o país anunciou que havia atingido uma baixa em dois meses.

Segundo alguns especialistas estrangeiros, mas também várias autoridades iranianas, os números do Governo estão subestimados.

As autoridades de saúde alertaram repetidamente para a situação na província de Khuzestan, no sudoeste.

O Khuzestan permanece classificado em vermelho – o nível mais alto de risco, de acordo com o código de cores estabelecido pelas autoridades – e é a única província em que medidas de contenção foram reimpostas para combater a epidemia.

“Nós imploramos às pessoas para não organizarem casamentos ou funerais, mas não ouviram”, especialmente no Khuzestan, disse Namaki.

A nível global, segundo um balanço da agência de notícias AFP, a pandemia de covid-19 já provocou mais de 370 mil mortos e infetou mais de 6 milhões de pessoas em 196 países e territórios.

Mais de 2,5 milhões de doentes foram considerados curados.