“Os jovens estão cada vez mais no foco da nossa atenção, seja nos concertos, seja nos projetos educativos e até sociais”, disse o responsável, em entrevista à agência Lusa, adiantando que, na próxima temporada, para 2018/2019, será posto em prática um novo projeto envolvendo as escolas.
“Temos um novo projeto que é ‘Música na Escola’, em que membros da Orquestra Gulbenkian vão às escolas, para trabalhar com os estudantes". O projeto "culmina na vinda dos jovens aos concertos, na Fundação Gulbenkian”, explicou.
Realçando a aposta em gerações mais novas, Risto Nieminen referiu que a FCG é, “desde há seis, sete anos”, o cenário do Prémio Jovens Músicos/RDP-Antena 2, cuja fase final vai decorrer de 27 a 29 de setembro, e vai receber a primeira edição dos prémios Aga Khan Music, da Aga Khan Music Initiative, de 29 a 31 de março, com vários concertos, concursos e conferências, de entrada livre.
Quanto ao Prémio Jovens Músicos, o diretor do Serviço de Música disse que “tem a particularidade de juntar os melhores músicos nacionais de diferentes idades, desde a música de câmara a solistas, passando pelo jazz”.
“São três dias de portas abertas, entrada livre, e há uma muito boa energia”, sublinhou.
Outro projeto, de nível europeu, ao qual a FCG se associou, é o “Rising Stars” ("Estrelas em ascensão"), da European Concert Hall Organization (ECHO), que acontecerá em fevereiro do próximo ano.
O projeto reúne jovens músicos de excecional talento que recebem formação, no sentido de se tornarem mais aptos na gestão dos seus percursos artísticos, possibilitando atuações nos diversos palcos associados da ECHO, constituindo uma oportunidade de se mostrar ao público e aos agentes, no período inicial das suas carreiras.
Esta temporada, além de solistas internacionais, participam também dois portugueses, a escolher.
Ainda na área juvenil, na programação da temporada 2018/19, hoje apresentada, consta a residência artística de Páscoa, da Orquestra Juvenil Gustav Mahler, que vai apresentar-se em quatro concertos com “grandes obras do repertório sinfónico e coral-sinfónico”, sob a direção de Tobias Wögerer e de Jonathan Nott.
Em declarações à Lusa, o diretor do Serviço de Música da FCG, Risto Nieminen, disse que a programação de uma temporada é “fruto de vários compromissos, feita de equilíbrios entre [variantes] artísticas, práticas, financeiras", assim como da "disponibilidade dos artistas”.
A próxima temporada Gulbenkian de Música conta com 120 concertos.
Um dos artistas que Risto Nieminen gostava de trazer novamente a Lisboa, é o pianista e maestro Daniel Barenboim, que admira muito.
Daniel Barenboim foi o primeiro vencedor do Prémio Calouste Gulbenkian, em 2012. A distinção foi-lhe atribuída, em particular, pela fundação, com o filósofo palestiniano Edward Said, da West-Eastearn Divan Orchestra, que junta músicos árabes, judeus e cristãos, de vários países do Médio Oriente e da Europa, com sede em Sevilha, no sul de Espanha, e dirige também o Boulez Ensemble, que está baseado em Berlim.
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