“Descobrimos nas áreas desocupadas 34 locais onde os russos detiveram ilegalmente e torturaram cidadãos”, publicou o serviço de imprensa da Polícia Nacional Ucraniana na sua conta na rede social Telegram.

Na região de Kharkov foram descobertas 24, em Kherson foram três, outras tantas na região de Kiev, mais duas em Sumi e a restante em Donetsk, pormenorizou a polícia ucraniana.

Na publicação, a polícia acrescenta que, até segunda-feira, instaurou 40.742 processos criminais por crimes cometidos pelos militares russos e respetivos cúmplices no território da Ucrânia.

Segundo a polícia, foram abertos 29.817 processos por casos de violação das leis e práticas de guerra, 8.912 relacionados à usurpação da integridade territorial e inviolabilidade da Ucrânia, 1.841 por colaboração com o inimigo, 87 por alta traição e 37 por sabotagem.

Além disso, e de acordo com dados do portal Children of War, recolhidos por agências locais, desde o início da invasão russa da Ucrânia, 430 crianças morreram no país e mais 823 ficaram feridas.

Outros 249 menores desapareceram e 9.755 crianças foram deportadas para a Federação Russa.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente Vladimir Putin com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e à imposição de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.430 civis mortos e 9.865 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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