Mahmud Abbas instou Joe Biden, dada a sua posição internacional e influência significativa sobre Israel, a intervir imediatamente para travar a “agressão israelita”, num discurso transmitido pela televisão e noticiado pela agência noticiosa oficial palestiniana WAFA, no sábado.

Abbas, que também é presidente do partido no poder na Cisjordânia, Fatah, mas que foi expulso de Gaza em 2007, também instou Biden a pressionar para que “a tão necessária ajuda humanitária entre em Gaza, parar os contínuos ataques das forças de ocupação israelitas e ponha fim ao terrorismo dos colonos contra o povo palestiniano na Cisjordânia e em Jerusalém”,

O líder palestiniano afirmou que estes desenvolvimentos “pressagiam uma explosão iminente da situação”.

Abbas sublinhou que o povo palestiniano “merece viver na sua pátria com liberdade e dignidade” e prometeu permanecer “firme na sua terra até alcançar os direitos legítimos à independência e à condição de Estado, com Jerusalém como capital”.

Na quinta-feira, o ministro da Segurança Nacional de Israel, o extremista Itamar Ben Gvir, afirmou que o país deve tratar a ANP, que governa pequenas áreas da Cisjordânia ocupada, da mesma forma que trata o grupo islamita Hamas, no poder na Faixa de Gaza desde 2007.

“Temos de lidar com o Hamas e com a Autoridade Palestiniana, que tem pontos de vista semelhantes aos do Hamas e cujos líderes simpatizaram com o massacre do Hamas, da mesma forma que lidamos com Gaza”, escreveu Ben Gvir, na rede social X (antigo Twitter).

Em 07 de outubro, o movimento islamita Hamas desencadeou um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e é classificado como terrorista pela UE e pelos Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo em Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

Os bombardeamentos israelitas por ar, terra e mar causaram entre 16 mil e 12 mil mortos, na maioria civis, na Faixa de Gaza, de acordo com dados do Hamas.