Na sua intervenção no debate geral da 73.ª sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova Iorque, o chefe de Estado afirmou que "a estabilização e a paz sustentadas no Médio Oriente exigem a resolução do conflito israelo-palestiniano".
"O bom senso convida a uma retoma do processo negocial credível, encarando todas as questões do estatuto final, incluindo a questão de Jerusalém, e conduzindo a uma solução viável de dois Estados, assente na coexistência em paz e em segurança de Israel e da Palestina", acrescentou.
No seu discurso, o Presidente da República falou também da situação na Síria, que qualificou de "dramática", com "um dos maiores fluxos de refugiados, na região e fora dela".
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, "só uma solução política, substantiva, inclusiva e mediada pelas Nações Unidas garantirá o efetivo e abrangente apoio internacional à reconstrução" da Síria.
"Infelizmente, em certas zonas do Médio Oriente e do Magrebe continua a haver sinais de permanente instabilidade política, social e económica", lamentou.
No seu discurso, feito na presença do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, o Presidente da República defendeu ainda que "a comunidade internacional deve unir-se para ajudar à situação humanitária e securitária e à criação de um Estado sólido" na Líbia.
Em relação ao Iémen, disse que "permanece o palco de uma das maiores crises humanitárias da atualidade, atingindo em especial os mais vulneráveis, mulheres e crianças", e que "só soluções políticas com mediação das Nações Unidas e o respeito do direito internacional humanitário poderão inverter uma situação cada vez mais dramática".
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