“Nenhum doente será deslocado para Coimbra, a não ser que seja em causa de força maior”, realçou o autarca social-democrata, explicando que o centro oncológico de Viseu será reforçado “com alguns médicos de Coimbra e de Vila Real”, que “irão prestar serviço até à normalização da situação”.
Almeida Henriques falava aos jornalistas depois de uma reunião com a ministra da Saúde, Marta Temido, e a administração do Centro Hospitalar Tondela-Viseu, no Ministério da Saúde, que serviu para analisar a situação do serviço de oncologia naquela unidade, após alertas de sindicatos e da Ordem dos Médicos.
De acordo com o município, os cerca de 1.400 doentes oncológicos do distrito não vão precisar de se deslocar a Coimbra para receber tratamento, como foi anunciado na quinta-feira, já que todos os serviços no centro oncológico estão a ser prestados.
Na terça-feira, sindicatos de médicos e a Ordem dos Médicos avisaram que o serviço de oncologia do CHTV está em rutura.
Em comunicado conjunto, o Sindicato dos Médicos da Zona Centro, o Sindicato Independente dos Médicos e a secção regional do Centro da Ordem dos Médicos explicavam que a situação tinha atingido “o ponto de rutura e que os colegas oncologistas assumem a incapacidade de garantir a consulta e tratamentos de quimioterapia para novos doentes”.
O presidente da Câmara de Viseu destacou ainda a necessidade de haver um reforço de dois médicos especialistas, uma vez que dois profissionais estão de saída para aposentação.
“O que sabemos é que existe uma médica com 75 anos, existe uma médica que está de saída e que o conselho de administração conseguiu que ela se mantivesse até ao final do ano. Há objetivamente necessidade de reforçar pelo menos um a dois médicos de imediato nesta área”, frisou, confirmando que, em julho, será contratado um médico em regime de prestação de serviços.
O autarca ressalvou ainda que haverá agora um reforço de horas por causa das férias, com médicos de Coimbra e de Vila Real, e que está em fase final um concurso para a colocação de um médico em Viseu.
“Está em fase final um concurso em que um desses médicos será colocado em Viseu, quase de imediato”, salientou, precisando que a ministra da saúde garantiu que os doentes “serão tratados em Viseu, no Hospital São Teotónio [Centro Hospitalar Tondela–Viseu]”.
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