“Na sequência das últimas eleições diretas do PSD, o candidato Miguel Pinto Luz entende que não faz sentido encabeçar, ou integrar, qualquer lista de candidatos ao Conselho Nacional, nas eleições que irão decorrer durante o próximo congresso”, refere uma nota da sua estrutura de campanha.

De acordo com o comunicado, esta decisão do autarca segue a mesma linha da posição que tomou “quando não assumiu qualquer apoio na segunda volta das eleições”.

“Neste sentido, Miguel Pinto Luz centrará a sua ação durante o Congresso na intervenção que irá realizar”, acrescenta a nota.

Nas eleições diretas do PSD, Miguel Pinto Luz obteve 9,55% dos votos (3.030 votos) na primeira volta das eleições diretas do PSD, naquela que foi a primeira vez que concorreu à presidência do partido.

A candidatura acrescenta que, se tivessem sido contabilizados os votos da Região Autónoma da Madeira (excluídos pelo Conselho de Jurisdição Nacional por disparidades nos cadernos), Pinto Luz teria conseguido “cerca de 12% dos votos expressos”.

O vice-presidente da Câmara de Cascais ficou de fora da segunda volta, que Rui Rio venceu com 53,2% dos votos, contra 46,8% de Luís Montenegro.

O Conselho Nacional é o órgão máximo do partido entre Congressos e representa, habitualmente, as várias sensibilidades do PSD.

No último Congresso, por exemplo, concorreram oito listas ao chamado parlamento do partido, cenário que deverá repetir-se.

O presidente reeleito do PSD já disse que desta vez não tentará uma lista de unidade com o adversário derrotado, Luís Montenegro, ao contrário do que fez há dois anos com Pedro Santana Lopes.

O antigo líder parlamentar do PSD também não integrará qualquer lista ao Conselho Nacional, devendo os seus apoiantes repartir-se por mais do que uma.

O 38.º Congresso do PSD, de consagração do novo presidente e de eleição dos restantes órgãos do partido, realiza-se entre sexta-feira e domingo, em Viana do Castelo.