Humberto Silva explicou que a associação sem fins lucrativos, criada há um mês, tem como compromisso defender o ambiente e a sustentabilidade ambiental, tendo na defesa do não prolongamento do paredão o seu principal foco.

“Com a criação do movimento percebemos que havia uma comunidade preocupada com esta questão, daí termos avançado para a associação”, reforçou.

Quanto às empreitadas em Leixões, Humberto Silva referiu que as câmaras de Matosinhos e do Porto têm-se mostrado “muito passivas”, apesar de aprovações de moções nas diferentes assembleias municipais.

Após manifestações, assembleias extraordinárias, reuniões, auscultações e recomendações, tirando algumas alterações à logística da obra, não há estudos, nem dados novos, o que nesta fase é “grave e preocupante”, considerou.

Desde o anúncio das obras, e depois de decorridos seis meses, não se estudaram novas soluções, não foram apresentados estudos aprofundados, frisou, acrescentando que também não parece que alguém esteja interessado em fazê-lo.

O presidente da Década Reversível revelou que o movimento vai sair à rua muito em breve para uma ação pública, depois de já ter realizado duas manifestações, uma petição e pedir à Procuradoria-Geral da República (PGR) para ponderar avançar com uma ação popular.

Em fevereiro, a ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, anunciou um investimento de cerca de 217 milhões de euros, dos quais 147 são investimento público, até 2023 no porto de Leixões para aumentar a sua competitividade portuária.

As empreitadas envolvem o prolongamento do quebra-mar exterior em 300 metros, aprofundamento do canal de entrada, anteporto e bacia de rotação, a criação do novo terminal no Molhe Sul e a melhoria das condições de operação do porto de pesca.