A Rússia efetuou este domingo o ataque mais próximo de território da NATO desde o início da guerra na Ucrânia, no mesmo dia em que morreu um jornalista norte-americano. Contudo, fala-se em progressos nas negociações — mas ainda sem certezas dos próximos passos.

Estes são os principais pontos do conflito neste domingo:

  • Ao 18.º dia de guerra na Ucrânia, a Rússia bombardeou a base militar de Yavoriv, a menos de 25 quilómetros da fronteira com a Polónia, país membro da NATO, e a cerca de 40 quilómetros da cidade de Lviv, no noroeste da Ucrânia. Kiev qualificou o bombardeamento de “ataque terrorista”;
  • Num ‘briefing’, o porta-voz do Ministério da Defesa Russo, Igor Konashenkov, afirmou que “a destruição de mercenários estrangeiros que cheguem ao território da Ucrânia irá continuar”, indicando ainda que o bombardeamento russo terá feito 180 mortes. Os números não foram identificados por fonte independente;
  • Com o bombardeamento em Yavoriv, a ofensiva militar russa – até agora maioritariamente concentrada no sul, norte e leste ucraniano – operou o seu terceiro ataque dos últimos dias a instalações militares ucranianas no ocidente do país, segundo o porta-voz do Pentágono, John Kirby, o que o levou a considerar que “os russos estão a expandir os seus objetivos militares”;
  • Em Kiev, os combates continuaram nos arredores, e designadamente no subúrbio estratégico de Irpin, palco de bombardeamentos intensos nos últimos dias. Naquela localidade, um jornalista norte-americano foi morto e um fotógrafo colombiano, vencedor do prémio World Press Photo, ficou ferido;
  • Em Mariupol, cidade portuária de 500 mil habitantes no sudoeste da Ucrânia, que se encontra cercada por forças russas e sem abastecimento de alimentos e medicamentos, a autarquia anunciou que morreram 2.187 habitantes desde o início do conflito;
  • Perante uma crise humanitária, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, anunciou que a cidade iria receber o primeiro carregamento com bens de primeira necessidade. “Está a ser feito tudo o que é necessário para vencer a resistência dos ocupantes”, garantiu;
  • Com o Comité Internacional da Cruz Vermelha a alertar para o “pior cenário” na cidade e o Papa Francisco a afirmar que Mariupol “se tornou numa cidade mártir na guerra atroz que está a devastar a Ucrânia", a Turquia pediu ajuda à Rússia para retirar os seus cidadãos da cidade;
  • A nova presidente da câmara de Melitopol, Galina Danilchenko, nomeada pela administração regional de Zaporiyia, afeta aos russos, pediu aos cidadãos para não resistirem à ocupação russa para a vida poder voltar ao normal;
  • No terceiro fim de semana desde o início de guerra na Ucrânia, milhares de pessoas voltaram a manifestar-se em toda a Europa, incluindo em Lisboa, contra a ofensiva militar russa. Na Rússia, as autoridades detiveram mais de 800 pessoas;
  • Num dia em que o antigo ministro dos Negócios Estrangeiros António Martins da Cruz disse que o conflito armado entre a Rússia e a Ucrânia só pode terminar “através da via diplomática e de negociações”, um negociador russo afirmou que as conversas entre a Rússia e a Ucrânia estavam a fazer progressos apesar da guerra;
  • O Governo português anunciou a criação de uma plataforma eletrónica para o registo de casos de menores ucranianos não acompanhados em Portugal ou em trânsito, para "garantir a sua segurança e plena proteção";
  • Por sua vez, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) lança, na segunda-feira, uma plataforma 'online', em três línguas diferentes, para pedidos de proteção temporária por residentes ucranianos.

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