Em declarações à Lusa, a deputada socialista Joana Sá Pereira disse que o investimento anunciado hoje, no final de uma reunião do Conselho de Ministros, de mais de 607 milhões de euros para modernizar as infraestruturas e os equipamentos da polícia “também se traduz na vida concreta” das pessoas.

“Dos cidadãos porque ter mais infraestruturas, mais equipamentos, mais ferramentas de trabalho, aumenta a perceção de segurança que os cidadãos têm da vida em comunidade”, explicou.

Para os profissionais das forças de segurança “é bom” haver novas ferramentas ao dispor do trabalho diário, acrescentou.

Questionada sobre se estas medidas são suficientes para apaziguar as reivindicações dos sindicatos por melhores salários, Joana Sá Pereira disse que este é “um reforço” que é feito “concomitantemente com a valorização das próprias carreiras”, no sentido de responder a todas as reivindicações destes profissionais.

A deputada socialista acrescentou que uma das próximas etapas, que passará pela Assembleia da República, será “repensar o modelo do policiamento comunitário”.

“Precisamos dos polícias mais próximos das pessoas. É importantes tê-los nas esquadras (…) e também é importante, os autarcas curiosamente têm dito isso, que é importante que as polícias estejam próximas das pessoas”, completou.

O Conselho de Ministros aprovou hoje um investimento de mais de 607 milhões de euros para melhorar e modernizar as infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança, anunciou o ministro da Administração Interna.

O investimento está previsto no âmbito da programação de infraestruturas e equipamentos das forças e serviços de segurança do Ministério da Administração Interna, um compromisso plurianual até 2026.

Em conferência de imprensa, José Luís Carneiro explicou que se trata de um investimento superior a 607 milhões de euros que dá continuidade a um programa de investimentos iniciado em 2017 e no âmbito do qual já foram executados mais de 340 milhões de euros.

A maioria da verba hoje aprovada destina-se a infraestruturas (236 milhões de euros) e aos sistemas de tecnologia de informação e comunicação (250 milhões de euros).