Numa entrevista hoje ao Jornal Económico, Marco António Costa diz desejar que o futuro líder do partido “marque os próximos ano do PSD”, sublinhando: “Ou o PSD consegue, por si só, obter os resultados que são indispensáveis a formar Governo, ou então não contará com um PS moderado para apoiar uma solução de Governo”.

Contudo, quando questionado sobre se concorda com a estratégia, já admitida por Rui Rio, de viabilizar um Governo minoritário do PS, “resgatando-o da órbita dos partidos mais à esquerda”, Marco António Costa diz que “isso já aconteceu no passado”, mas sublinha que discorda de tal intenção caso o PSD ganhe as eleições, mas o PS tente “tomar o poder de assalto”.

“Isso já não merece a minha concordância porque isso é inverter completamente os princípios. Nós não podemos dizer que ganhámos as eleições, mas para evitar que o PS forme um Governo com a esquerda, então vamos esquecer o resultado eleitoral e vãos apoiar o PS”, acrescentou.

O vice-presidente do PSD defende que se devem rejeitar alianças “com um partido que tem uma visão estritamente oportunista do sistema democrático” e diz que o PS “tem sido um muro de indiferença” relativamente ao PSD e ao CDS-PP e que isso “revela um PS fechado dentro de si próprio, radicalizado à esquerda e a prestar um mau serviço ao país”.

Questionado sobre se as relações entre o PSD e o PS podem entrar numa nova fase com a eleição de Rui Rio, Marco António Costa afirma: “Há muitas coisas que mudam com o tempo, nomeadamente a relação de poderes internos dentro da maioria de esquerda. E a relação de poderes dentro do próprio Governo”.

Sobre a liderança da bancada parlamentar do PSD, Marco António Costa defende que o líder parlamentar, Hugo Soares, e o futuro líder do partido devem acertar entre si o futuro.

Toda a conversa que tem andado na praça pública sobre se fica ou não fica, um bocado uma visão clubística da coisa, é inapropriada, indesejável e não favorece o nosso partido”.

“Eles são duas pessoas adultas, perfeitamente conscientes das suas responsabilidades, dos seus deveres e acima de tudo também dos seus compromissos. E nessa circunstância estou certo de que, conversando um com o outro, chegarão à conclusão, em conjunto, sobre se há condições ou não, de parte a parte, para continuarem a trabalhar”, afirmou.

O vice-presidente do PSD acrescenta ainda: “Não me parece que haja consistência num líder parlamentar estar a aplicar uma linha política com a qual não concorda, ou que um líder partidário tenha um líder parlamentar a desenvolver uma linha de atuação política diferente daquela que ele desejaria”.

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