"A parte ucraniana pode acabar (com o conflito) no mesmo dia. Deve ordenar às unidades nacionalistas que entreguem as armas, ordenar aos soldados ucranianos que entreguem as armas e todas as condições estabelecidas pela Rússia devem ser aplicadas", afirmou Dmitri Peskov, porta-voz de Vladimir Putin.

Se tal acontecer, "tudo terminará em apenas um dia". Segundo Peskov, não há prazo nem calendário definido pelos russos: "Nos orientamo-nos com base nas declarações do nosso presidente".

Peskov reiterou que "a operação militar especial ocorre de acordo com os planos", usando o eufemismo que a Rússia utiliza para se referir à invasão à Ucrânia.

O porta-voz reagiu assim às declarações do presidente ucraniano Volodymyr Zelensky aos líderes do G7 na segunda-feira, instando-os a fazer "o máximo possível" para encerrar o conflito antes do final deste ano.

Os líderes dos sete países mais industrializados (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido) e da União Europeia (UE) terminaram hoje uma reunião em Elmau, no sul da Alemanha, que antecede a cimeira da NATO, em Madrid.

A Rússia lançou uma ampla ofensiva militar contra a Ucrânia em 24 de fevereiro afirmando procurar "desmilitarizar" e "desnazificar" o país, denunciando um genocídio das populações de língua russa.

Inicialmente, a ofensiva atingiu as principais cidades do país, incluindo Kiev, mas a resistência das forças ucranianas levou a Rússia a rever as suas ambições e a concentrar-se no Donbass, onde se situam as regiões separatistas de Donetsk e Lugansk, palco de combates sangrentos e onde tem havido um lento avanço das tropas russas.

As negociações de paz estão paralisadas há semanas, com cada lado a culpar o outro pelo impasse. A guerra na Ucrânia, que entrou hoje no 125.º dia, provocou um número ainda por contabilizar de vítimas.

A ONU confirmou a morte de mais de 4.600 civis, mas tem alertado que o balanço real será consideravelmente superior por não ter acesso a muitas zonas do país.

A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A UE e países como os Estados Unidos, o Reino Unido e o Japão têm decretado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos e fornecido armas à Ucrânia.

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