Estas linhas de ação foram transmitidas por Augusto Santos Silva, deputado socialista eleito pelo círculo Fora da Europa, no discurso que proferiu no jantar do segundo dia de Jornadas Parlamentares do PS, no Funchal.
O antigo ministro dos governos de António Guterres, José Sócrates e António Costa falou da banca a propósito do tema da consolidação do sistema financeiro em Portugal e da mudança registada com a diminuição do endividamento externo do país.
De forma inesperada, neste ponto deixou um recado aos presentes Na sua perspetiva, “é preciso continuar a fazer um certo combate ao conservadorismo na gestão do sistema bancário”.
“Os bancos são empresas como as outras, devem arriscar como as outras e não devem ficar na zona de conforto daqueles que preferem o crédito imobiliário e que remuneram os depósitos dos seus depositantes ao menor custo possível”, afirmou – uma declaração que foi acompanhada por muitas palmas por parte dos deputados socialistas.
Antes da questão da banca, Augusto Santos Silva referiu-se à transformação “do capital humano” que disse estar em curso em Portugal ao longo das últimas décadas e defendeu que o país “continua a precisar de ter mais gente na escola, de uma universalização da frequência do Ensino Secundário e de uma ainda maior massificação da frequência e diplomação com o Ensino Superior”.
Depois, disse: “Todos aqueles que querem travar estes processos em nome dos exames ou de uma necessidade de preservar uma exigência que eles erradamente confundem com seletividade social devem ser combatidos por todos os progressistas”.
Após receber a primeira prolongada salva de palmas da sua intervenção, o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros contrapôs que “o país precisa de mais gente nas escolas e de mais gente com qualificações e não de menos”
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