Nos últimos meses, Stoltenberg ofereceu-se várias vezes a Moscovo para retomar o diálogo neste órgão de cooperação criado em 2002, atualmente suspenso devido ao conflito na Ucrânia.
No entanto, as autoridades russas ainda não responderam à intenção do secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).
Para a reunião, a NATO “está em contacto com a Rússia”, limitou-se a indicar o funcionário da Aliança Atlântica, indicou a fonte, sob anonimato.
Nos últimos sete anos, a NATO tem denunciado frequentemente a anexação da península da Crimeia ucraniana pela Rússia, em março de 2014, exigindo respeito pela soberania territorial da Ucrânia.
A Rússia e o Ocidente acusam-se mutuamente de provocações e têm vindo a fortalecer as respetivas capacidades militares nas fronteiras comuns.
Em meados deste mês, a Rússia apresentou dois tratados, um para os Estados Unidos e outro para a NATO, resumindo as suas exigências para uma redução da escalada.
Os textos proíbem o alargamento da NATO, em particular à Ucrânia, e limitam a cooperação militar ocidental na Europa de Leste e na ex-URSS, sem impor medidas semelhantes à Rússia.
A reunião de 12 de janeiro será a primeira proposta por Stoltenberg desde o anúncio das exigências russas.
Para o mesmo dia está também agendada uma reunião do Comité Militar da NATO, que reúne os Chefes do Estado-Maior de Defesa dos 30 Estados membros.
Quinta-feira passada, Stoltenberg reafirmou o seu apoio à Ucrânia e a sua determinação em proteger todos os aliados da NATO contra as ações da Rússia, afirmando ainda que está aberto ao diálogo com o Presidente russo, Vladimir Putin.
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