Bruno Hernando, detido por alegadamente ter estragado um espelho retrovisor de um carro da PSP, que na altura estava estacionado na Rotunda do Relógio, está a ser julgado em processo sumário por dano qualificado.
Na sessão realizada a 20 de outubro, o arguido alegou que involuntariamente danificou o espelho retrovisor do carro da PSP devido ao estado de nervos em que se encontrava na altura do protesto, uma versão contrariado pelos agentes da PSP que efetuaram a detenção.
Este crime tem uma moldura penal até cinco anos de prisão, mas como o arguido não tem antecedentes criminais, o Ministério Público pediu uma pena de multa até 600 dias e o pagamento da indemnização civil pedida pelo Estado de 185 euros.
Também a defesa considerou que o taxista deve apenas incorrer numa pena de multa.
Os outros dois detidos, um indiciado por dano qualificado e o outro por posse de arma ilegal e coação a funcionário com arma, também estão a ser julgados em processo sumário.
O protesto dos taxistas, que se realizou a 10 de outubro, deveria ter seguido até à Assembleia da República, mas não avançou além da Rotunda do Relógio, onde ocorreram confrontos com a polícia, tendo os manifestantes bloqueado a zona do aeroporto de Lisboa durante mais de 15 horas.
O protesto dos taxistas esteve relacionado com as novas regras para as plataformas eletrónicas como a Uber e a Cabify.
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