Madeleine McCann tinha três anos quando desapareceu do quarto onde dormia com os irmãos gémeos, num aldeamento turístico na Praia da Luz, em Lagos, na noite de 3 de maio de 2007.
Nessa altura, Dave Payne, amigo do casal, contou que os pais da menina estavam a jantar num restaurante do complexo turístico algarvio Ocean Club, a cerca de 50 metros do quarto, quando detetaram que as janelas do quarto tinham sido forçadas. Por isso, o casal suspeitou de que se tratava de um "rapto premeditado", uma vez que os gémeos se encontravam a dormir e não tinha sido roubado qualquer bem material.
De imediato, os pais e amigos de Madeleine, num total de 50 pessoas, começaram a procurar a menina enquanto aguardavam pelas autoridades. Posteriormente, agentes da GNR, PSP, Polícia Judiciária, Polícia Marítima, bombeiros e população local ajudaram às buscas.
Entretanto, passaram 16 anos e Maddie, como é conhecida, nunca apareceu. Em junho de 2020, investigadores alemães afirmaram ter provas de que a menina está morta, associando o caso ao pedófilo Christian Brueckner.
Quais os últimos desenvolvimentos?
Soube-se hoje que a Polícia Judiciária vai iniciar esta terça-feira buscas na barragem do Arade, no distrito de Faro, relacionadas com o desaparecimento de Madeleine McCann.
As buscas serão acompanhadas por autoridades alemãs e inglesas e deverão durar entre dois a três dias.
Como surgiu este local na investigação?
Esta operação decorre de uma Decisão Europeia de Investigação (as antigas cartas rogatórias) dirigida pelas autoridades da Alemanha a Portugal e centram-se na barragem do Arade, situada a cerca de 50 quilómetros da praia da Luz, local onde a criança desapareceu, em maio de 2007, quando passava férias com os pais.
O local costumava ser frequentado por Christian Brueckner, suspeito do desaparecimento da menina.
Christian Brueckner, de 45 anos, está a cumprir pena em Kiel (Alemanha) por outro crime. Foi também acusado em outubro do ano passado pela justiça alemã de três crimes de violação e dois de abusos sexuais de crianças em território português, alegadamente cometidos entre 2000 e 2017.
A procuradoria de Brunswick adiantou, no entanto, que as acusações então deduzidas contra Christian Brueckner não se relacionam com o caso do desaparecimento da criança britânica no aldeamento turístico na Praia da Luz.
*Com Lusa
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