“No total, desde 24 de fevereiro, o Exército russo lançou 1.474 ataques com mísseis contra a Ucrânia, usando 2.275 foguetes de diferentes tipos”, disse Zelensky numa mensagem de vídeo divulgada hoje e publicada pelas agências de notícias locais.
O Presidente ucraniano acrescentou que “a grande maioria [dos mísseis] visava alvos civis”.
Segundo Zelensky, “em menos de três meses houve mais de 3.000 ataques aéreos de aviões e helicópteros russos”.
“Que outro país resistiu a tal escala de ataques?”, questionou.
O Presidente ucraniano sublinhou que quando as autoridades ucranianas dizem aos parceiros ocidentais que precisam de “armas antimísseis modernas, aviões de combate modernos”, querem garantir que não irão morrer mais pessoas nesta guerra.
Segundo o chefe de Estado, se tivessem recebido as armas que tantas vezes pediram, estas poderiam ter “garantido a vida de muitas pessoas” que acabaram por morrer no país.
Na sua opinião, todos os parceiros da Ucrânia concordam que a luta de Kiev na guerra contra a Rússia, no fundo, é “proteger os valores de todos os países do mundo livre e a liberdade comum”.
“E se assim for, então temos direito a assistência completa e urgente, especialmente armas”, insistiu.
“Cada uma das minhas negociações internacionais, cada discurso perante parlamentos ou outras audiências estrangeiras está necessariamente relacionado a esta questão”, sublinhou Zelensky.
“Agradeço a todos os parceiros que nos ajudam ao fornecer as armas e munições necessárias para superar a vantagem do Exército russo”, acrescentou o Presidente ucraniano.
A guerra na Ucrânia, iniciada em 24 de fevereiro, causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas de suas casas — cerca de oito milhões de deslocados internos e mais de 6,3 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
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