Num discurso em Nova Iorque perante os membros do Conselho de Segurança, numa sessão dedicada à situação na Ucrânia, Zelensky afirmou que “a Rússia só pode ser forçada à paz, e é exatamente isso que deve ser feito: forçar a Rússia à paz”.
O Presidente ucraniano, que se encontra nos Estados Unidos desde domingo à noite, deverá também apresentar ao seu homólogo norte-americano, Joe Biden, e ao Congresso em Washington os detalhes do seu “plano de vitória”, que visa pôr fim à invasão russa do seu país.
No mesmo discurso, o líder ucraniano dirigiu acusações à Rússia, ao Irão e à Coreia do Norte de cumplicidade no conflito desencadeado por Moscovo em fevereiro de 2022.
“A Rússia não tem nenhuma razão legítima para fazer do Irão e da Coreia do Norte cúmplices de facto nesta guerra criminosa na Europa, matando-nos a nós, ucranianos, com as suas armas e permitindo a [Presidente russo, Vladimir] Putin que roube as nossas terras”, declarou.
No mesmo tom, durante a sessão do Conselho de Segurança, o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, apelou à comunidade internacional para agir no sentido de denunciar a ajuda militar de Teerão e Pyongyang a Moscovo.
“O apoio de Teerão e Pyongyang ajuda Putin a infligir carnificina, sofrimento e ruína a homens, mulheres e crianças ucranianos inocentes”, sustentou.
O Presidente ucraniano disse também estar em posse de provas de que a Rússia se prepara para atacar três centrais nucleares no seu país.
“Estão a preparar-se para atacar as nossas centrais nucleares, três delas. Temos essa informação e temos provas disso. Se a Rússia está disposta a ir tão longe, isso significa que nada do que vocês [membros do Conselho] valorizem importa para Moscovo” alertou.
Zelensky criticou o “cinismo” da Rússia e pediu unidade e que se evite uma divisão em blocos de países para se alcançar a paz.
Para quarta-feira é esperado o discurso de Volodymyr Zelensky na assembleia-geral da ONU e, no dia seguinte, o encontro do líder ucraniano com Joe Biden e também com a vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, em Washington.
Comentários