Tradutor e professor. Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa e A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa. Escreve no blogue Certas Palavras.
Quando andamos pela Europa, estamos habituados a que ninguém nos compreenda quando falamos português. Ora, há um povo que percebe o que dizemos, mas nós nem notamos...
Às vezes, pomo-nos a conversar e vamos desde o início do universo até à língua dos Inuit — o problema é quando a criança tira da cartola uma pergunta bem mais difícil de responder do que “Qual é o sentido do mundo?”.
De vez em quando ainda se debate ou questiona se a expressão portuguesa "não há nada" é um erro de português. Neste episódio do podcast A Vida Secreta das Línguas, Marco Neves tira as dúvidas.
Há quem insista: a barba não se faz — desfaz-se! Mais: há quem julgue uma grande estupidez afirmar o contrário. Pois, desculpai-me, mas afirmo mesmo: «fazer a barba» é perfeitíssimo português.
Neste episódio do podcast "A Vida Secreta das Línguas", de duas partes, Marco Neves conta a história da língua portuguesa em 12 palavras. Se na primeira indagou pelas origens, nesta segunda metade o autor revela como o português se espalhou pelo mundo.
A nossa língua esconde umas quantas surpresas… Os linguistas e os antropólogos, de vez em quando, trazem-nos notícias de línguas cheias de palavras com um significado tão esmiuçado que ficamos a pensar: por que razão alguém criou uma palavra para dizer precisamente aquilo? Outras vezes, é a gramátic
No mais recente episódio do podcast "A Vida Secreta das Línguas", de duas partes, Marco Neves conta a história da língua portuguesa em 12 palavras. Nesta primeira metade, ficamos a saber mais sobre a sua origem.
Em A Vida Secreta das Línguas, Marco Neves, professor e autor de vários livros, conduz-nos pelos meandros da nossa língua, mas não só. O mais recente episódio deste podcast debruça-se sobre a muito curiosa situação linguística dos países de língua árabe — ou não estivessem os olhos do mundo fixados
O Prémio Nobel da Literatura foi atribuído a Jon Fosse, que escreve em nynorsk, um dos dois padrões oficiais do norueguês. Na crónica de hoje, explico a peculiar situação linguística daquele país.
Se todo o percurso dos seres humanos na Terra fosse condensado num só dia, a agricultura, as cidades, as leis cruéis de velhos impérios, as dinastias esplendorosas de faraós e reis, o fulgor daquilo a que chamamos de forma imprecisa «civilização» – tudo teria surgido apenas nos últimos dez minutos.
Um dos géneros de maior sucesso por essas redes sociais fora são os textos que apresentam listas de erros de português. Nada teria contra tais listas não fosse dar-se o caso quase sempre misturarem erros verdadeiros com erros inventados.
Em cada Setembro, de todo o país, chegam jovens de 18 anos nervosos e livres, na expectativa deste mundo novo que aí vem. (Alguns até virão da rua ao lado, mas o mundo é outro, a vida é nova.)
Talvez não seja fácil arranjar conversas para as quentes noites de Agosto - mas proponho isto: sente-se com alguém que goste de ler e pergunte-lhe se os escritores do século XIX eram melhores do que os de agora.
Quando falamos, quase todos mexemos as mãos — uns mais do que os outros, é certo, mas raros são os que as deixam atrás das costas quando conversam. Parece que as mãos servem para nos ajudar a criar as palavras naquele momento, como por magia. Falamos com a boca, falamos com a garganta, falamos com a
Vou dar três exemplos de falsos amigos galego-portugueses. Começo no «labrego», avanço pelo «grelo» e acabo nos perigos que se escondem na palavra «bico»…
Acredite ou não, há quem aponte para a expressão «beijinhos grandes» e veja aí um grande erro de português. A lógica será esta: «beijinho» é diminutivo, logo não pode ser «grande».