Tradutor e professor. Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa e A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa. Escreve no blogue Certas Palavras.
Há frases simplistas. Há fotografias simplistas. E às vezes há a vontade de deitar abaixo uns quantos adolescentes só porque dá jeito para o nosso argumento simplista de ocasião.
Houve um dia em que o meu avô ficou com a bandeira soviética na cabeça — e houve um dia em que a rainha de Inglaterra apareceu com um estranho chapéu na televisão.
Hoje, tinha pensado escrever sobre o Facebook. Aliás, até posso revelar a ideia: queria falar das armadilhas em que caímos nessa nossa outra vida virtual. Seria um texto leve, divertido (se conseguisse), cheio de piscadelas de olho. Mas depois liguei a televisão e vi a notícia: morreram 19 pessoas n
Já me aconteceu dizer algo como «gosto muito de ir ao Porto» — e ter logo alguém a disparar: «ah, sim, mas Lisboa é que é». Ora, note-se, dizer «gosto muito de ir ao Porto» é uma frase onde não entra Lisboa nem de raspão.
Escrevo esta crónica antes de saber se o Salvador ganhou a Eurovisão. Por isso falo antes daquele dia em que o Rui Costa nos ajudou a ganhar contra a França na final do Euro 2016.
Ah, sim, confesso. Não me batam, por favor. Mas vi o debate eleitoral entre Le Pen e Macron. Foi uma tentação irresistível. Aqui fica o que vi em sete palavras.
Sim, eu sei, não houve nenhum holocausto nuclear. Mas a verdade é que, no dia em que o mundo explodir em mil cogumelos radioactivos, não poderei escrever esta crónica — estarei de férias — ou então, o que é mais provável, morto. Por isso, adianto-me e deixo aqui sete palavras sobre o fim.
Nas sete palavras desta semana, falo de vacinas (claro), mas também de crueldade, ciência e confusões. Ah, e porque hoje é o Dia do Livro, deixo três sugestões de leitura.
Li não sei onde que o animal mais perigoso do mundo é um ser humano com menos de trinta anos. E agora pergunto eu: qual é o segundo animal mais perigoso do mundo? Não há dúvidas: é o ser humano com mais de trinta anos. E às vezes até trocam de posição.
Hoje, neste percurso por sete palavras da semana, viajamos à mais estranha fronteira da Europa e passamos ainda por uma das mais pequenas fronteiras do mundo, aqui bem perto. Sim, falo de Gibraltar.
Ontem foi o dia das mentiras. Logo, hoje será um dia em que só dizemos a verdade, não é? Aqui ficam umas verdades sobre javalis que se enfiam no meu carro, Donald Trump a falar de portugueses e a ironia, coitadinha, que anda um pouco deprimida.
Quando ouvimos falar de ataques terroristas como os de Londres, muitos dizem: “O mundo está louco.” E continuam a repetir essa ideia quando ouvem notícias de homicídios como o de Barcelos e outras loucuras que nos aparecem em todos os telejornais a todas as horas.
Esta semana veio lembrar-nos que não estamos livres de entrar em guerra com a Letónia — nem de encontrar um bom livro ao ler um texto qualquer na Internet.
E o Óscar da palavra da semana vai para... Não podia ser outra, pois não? Ali bem em cima do palco mais famoso do planeta, vimos o tão conhecido e delicioso erro.
Quando queremos escrever uma crónica, olhamos em volta à procura de material. Ora, cada um repara em coisas diferentes. Como trabalho todos os dias com palavras, são elas que me saltam à vista. Foi por isso que, nesta primeira crónica, peguei em sete palavras que me chamaram a atenção nos últimos di