Tradutor e professor. Autor dos livros Doze Segredos da Língua Portuguesa e A Incrível História Secreta da Língua Portuguesa. Escreve no blogue Certas Palavras.
Uma crónica quer-se actual, virada para as notícias dos últimos dias. O problema é que hoje encontrei um livro antigo e deu-me para falar de espermatozóides.
Às vezes, apetece ir passar os dias a outro lugar qualquer — nem que seja para escapar às delícias do Carnaval. Assim fizemos, sem saber a surpresa asquerosa que nos esperava...
Já todos ouvimos dizer que é perigoso tomar antibióticos sem receita médica. Porquê? A resposta está ligada à origem das espécies — e ainda ao futuro da Humanidade!
Um livro não precisa de electricidade nem costuma avariar (tirando uma ou outra rasgadela ou página ensopada). E, no entanto, é também uma máquina – e bem intrincada.
Sabemos todos quantas palavras andamos a roubar aos ingleses — mas hoje deu-me para virar o jogo ao contrário: então e que palavras demos nós à língua deles?
Não, as notícias falsas não são coisa nova só porque agora temos uma expressão inglesa para as designar. Aliás, diria mesmo que a ideia de que as notícias falsas são típicas do nosso tempo é, enfim, uma notícia falsa... Há quanto tempo não andam por aí os boatos, os mitos, as balelas, as tretas em g
Em Portugal, começámos o ano à meia-noite, entre fogo de artifício e um pouco de champanhe. Pois há um país onde o ano começou quando os ponteiros do relógio bateram no número seis...
Todos sabemos que os espanhóis não são muito dados a ouvir línguas estrangeiras: não só dobram tudo o que lhes aparece à frente, como têm uma estranhíssima inclinação para ouvir muita música espanhola.
Não é que não haja quem dê livros pelo Natal. Mas não é uma tradição portuguesa, sei-o bem. É apenas mais uma opção, entre muitas. E é pena. Porque um livro sabe melhor do que chocolates.
Cada doido, sua mania. Oiço falar dos Sentineleses, a tribo isolada que matou um maluc... missionário que lá quis ir — e a primeira coisa que penso é: como será a língua deles?
Ora, hoje, mais do que tentar escrever alguma coisa, apetece-me recomendar as palavras de outros. Não, não são recomendações de Natal. Não ofereça estes livros: quando os comprar, fique com eles e leia-os do princípio ao fim. Depois, compre-os novamente e ofereça-os a quem quiser.
O meu filho mais velho fez seis anos. Houve uma festa. Nessa festa, recebeu prendas. Nessas prendas, havia duas iguais. Posto isto, havia que trocar uma delas. Por essa razão — e só por essa — tivemos de ir a um centro comercial. Aqui fica o relato possível dessa tarde de horror.
Estive esta semana em Nova Iorque. As razões prendem-se com a língua portuguesa, veja lá bem o leitor. Mas isso agora não interessa. O que interessa é o que aconteceu por lá...
As memórias são estranhas. Às vezes, basta o cheiro de um bolo para nos recordar os dias da infância. No meu caso, foi um pouco mais complicado: meteu ingleses à bulha no Algarve — e no fim, ia morrendo. Eu conto.