Viver numa aldeia às portas de Lisboa durante o verão é bom. Fugir para uma aldeia às portas de Lisboa num fim de semana de inverno é bom. O pior mesmo é ir e vir todos os dias para uma aldeia às portas de Lisboa.
Paul Auster é um dos grandes nomes da literatura norte-americana e vem a Cascais falar sobre o seu mais recente romance – 4, 3, 2, 1 – e, certamente, sobre a América e o estado a que o mundo chegou.
Há uns anos, Agustina Bessa-Luís revelou, numa crónica de jornal, que nada é mais anti-erótico do que a praia, a praia onde metade do país se encontra de momento. Também escreveu, numa outra circunstância, que uma mulher para parecer inteligente só precisa de usar um vestido preto e ficar calada. É
Uma criança. Uma criança do sexo feminino, com 11 anos, engravida do pai adoptivo. É abusada durante dois anos. É filmada enquanto tem relações com o pai. A Justiça portuguesa manda o violador para casa, apesar das provas reunidas pela Polícia Judiciária, impondo uma distância da criança e pronto. A
As generalizações são tramadas, mas — tendo consciência ou nem por isso — mantemos essa necessidade de assumir o rótulo, de catalogar, de definir em bando para concluirmos coisas, em teoria, pertinentes e que devem algo à inteligência.
Comunicar é muito mais do que falar ou ouvir. Comunicar é tornar comum, o que implica esforço, atenção, proximidade e sobretudo interesse pelos outros.
É tempo de exames e enquanto dura esta ansiedade evita-se a próxima. Aos 17 anos, é legítimo ter dúvidas e não saber o que se quer fazer para o resto da vida. Aliás, o conceito do resto da vida é hoje tão móvel como tudo o resto.
Não sei se as quotas servem para mudar mentalidades ou apenas para perpetuar essa ideia de que alguns homens nos fazem favores imensos em consentir a nossa presença. A presença da mulher em lugares de poder é diferente, sendo só mera presença, adianta pouco.
Defendo os professores sempre que posso, pasmo perante a notícia que diz que a Fenprof e a Federação Nacional da Educação planeiam uma greve para o dia 21 de Junho, dia de exame nacional para muitos alunos.
Haja esperança nos miúdos que estão prontos a ser homens, haja mães que assim os ensinam. A ser feministas e cavalheiros. Quer se queira ou não, lutar pela paridade é – e sempre foi – uma causa comum, não uma causa das mulheres.
Temos medo. Podemos dizer que não temos, podemos tentar racionalizar, mas é um facto que o século XXI é o século do medo. Pelo menos até agora. Pode ser que mude, porém não vejo sinais de qualquer mudança, sinto apenas a escalada do medo.
O tempo não estica. O tempo parece cada vez mais curto. O tempo é o mesmo mas gastamos cada vez mais em frente a um ecrã. Precisamos de sair da internet. Para ter vida e nessa vida ter também tempo para ler.
Se a vida te dá limões, faz limonada. Pode parecer uma banalidade, mas serviu para dizer a uma amiga que tinha de andar para a frente. Acrescentei que o açúcar é o amor que tem à sua volta. Porque tem amor na sua vida e tomou sempre decisões em prol da família.
Quantas vezes bate o coração de uma mãe. A que ritmo. Com que pausas. Quantas vezes se encolhe e se expande. Todas as vezes, as vezes todas. Somos várias mães ao longo da vida mas eles são sempre os nossos filhos.
Olhar para Portugal e manter esse tesouro “inicial inteiro e limpo” por ser urgente ainda agora a Liberdade, uma outra forma de Liberdade ou várias liberdades. Como se a luta pelo melhor fosse infinita e, por isso, o que foi ontem ainda é hoje e podemos construir sempre mais e melhor.
O mundo é um lugar perigoso, já se sabe. Todos os dias temos notícias sobre como o Mal nos assola. O que se passa na Tchetchénia é, no limite, um atentado a todos os valores humanistas que aprendemos a conhecer e, ao mesmo tempo, exemplar de como não evoluímos como espécie.