Num jantar de pais livres, como gosto de lhes chamar (pais com filhos em idade para ter vida social própria), falava-se de sexo. Será que os nossos filhos viram, ou vêem, pornografia? Não queremos falar de sexo com os nossos filhos e tão pouco pensar que têm acesso a pornografia com a maior facilida
Gosto muito de animais, sempre gostei. Já tive gatos, agora tenho cães. Em tempos que vão, tive uma égua. Esforço-me muito por não impor os meus animais a terceiros. Não vou de elevador com eles à rua, vou de escadas. Se alguém vai jantar lá a casa, pois faço por não os ter em casa, vão ali passar u
Vivemos num país deslumbrado pela juventude. O que é novo é bom, logo pode ser arrogante e até mal-educado. Pasmo perante a quantidade de gente nova que masca pastilhas elásticas com a boca aberta; jovenzinhos foliões que não dizem bom dia ou boa noite, obrigada ou se faz favor; gente com menos de t
Na semana passada, morreu Ursula K. Le Guin. Confesso-vos já que fiquei com lágrimas nos olhos e, por isso, se acham que é lamechas, mais vale não ler esta crónica. Nunca conheci a autora de fantasia que me mudou a forma de ver o mundo era eu ainda adolescente, mas li tudo o que escreveu e tenho-a c
Todos os anos, temos a saga do Nobel e, como um bom relógio suíço, há quem torça por António Lobo Antunes e quem recorde José Saramago. O Nobel da Literatura é porventura um dos poucos prémios Nobel sobre o qual as pessoas discutem com à-vontade, discutem e criticam.
A maioria dos jornalistas do país está nos centros urbanos e, a maior percentagem, em Lisboa. Não há nenhum problema com esta realidade, é assim há muito tempo e talvez seja o mais natural. Dito isto, os jornalistas a trabalhar em Lisboa estavam convictos de que Pedro Santana Lopes ganharia as eleiç
A cerimónia dos Globos de Ouro deu vários frutos, além de uma parada impressionante de vestidos pretos que reflectiram o apoio das actrizes ao movimento #metoo contra o assédio sexual, abuso e discriminação. Horas depois da cerimónia, duas actrizes escreveram no Twitter contra o actor James Franco
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Todos os anos, faço uma lista com decisões tomadas. A cada ano que passa, a lista fica mais curta. Já percebi que posso fazer mil planos, a vida encarrega-se de os destruir e de colocar novos no meu caminho. Não tenho, por isso, desejos que cheguem para as doze passas da praxe, à meia noite de 31 pa
Parece um guião para um filme de série B, com alegações relativas à segurança nacional, porventura envolvendo as secretas (agora dirigidas por uma mulher, saliente-se) e interesses ocultos. Não é. Trata-se tão somente de política à portuguesa, mal feita, indecorosa, ofensiva.
Quem é que define o que é ética e moralmente correcto quando toca às coisas da sexualidade? Até a pergunta é perigosa de se fazer nos tempos que correm.
Então, analisemos de forma muito simplista: se a juíza diz “Professor” para se dirigir a Manuel Maria Carrilho e opta pelo “Bárbara” ou "minha querida" para falar com a apresentadora de televisão Bárbara Guimarães, isso é ...? Não é normal.
A reedição do livro de Maria Antónia Palla, "Só acontece aos outros - histórias de violência" é uma radiografia de uma sociedade portuguesa que, afinal, em 40 e tal anos pouco ou nada mudou.
Se é mulher, de qualquer idade, provavelmente quer. Se tem mais de 40, a probabilidade de querer é ainda maior. E porque todas-temos-de-ser-magras, há publicidade a receitas milagrosas a cada esquina das redes sociais - e parece que é tudo normal.
Na secretaria da existência surgem coisas distintas, pois ele é impostos, modelos com nomes estranhos para preencher, dados que nos solicitam a todas as horas e em todos os sítios, assinamos de cruz, dizemos que aceitamos as condições e seja o que Deus quiser. Despachar.
Diferentes religiões cristãs insurgiram-se publicamente. O uso indevido da Bíblia e das suas narrativas para cumprir acórdãos de justiça é, no mínimo, um abuso.
Das conversas com Deus. O que lhe pedimos, do que refilamos e o que não entendemos. À procura de uma resposta para estarmos menos sozinhos na procura do que faz sentido.