A falta de procura é o risco que mais preocupa também as pequenas e médias empresas (PME) espanholas (42%), suíças (39%), austríacas (38%) e italianas (36%), refere o documento.
No estudo, conduzido pela GFK junto de PME de oito países (Portugal, Áustria, Alemanha, Irlanda, Itália, Espanha, Suíça e Turquia), foram ouvidas 200 empresas portuguesas representativas, que empregam até 250 trabalhadores a tempo inteiro, através de entrevistas telefónicas a presidentes-executivos, diretores-gerais, diretores financeiros e diretores de operações.
O elevado nível de concorrência ou os preços sujeitos a ‘dumping’, uma prática desleal no comércio internacional, com impacto negativo nas margens de venda, constituem a segunda maior preocupação dos empresários portugueses, embora se tenha registado uma descida de 6% nos últimos quatro anos (2016/2013).
De acordo com o documento, ainda na análise dos riscos, os empresários portugueses mostram-se cada vez mais preocupados com danos na reputação (17%) e também com a ocorrência de incêndios (8%).
A nível mundial, entre os riscos que mais cresceram para o negócio das PME destacam-se o cibercrime na Europa, os danos no transporte nos Estados Unidos, o dano na reputação na Ásia-Pacífico e as catástrofes naturais na América Latina.
Segundo o diretor de Marketing e Comunicação da Zurich Portugal, Artur Lucas, o estudo, além de possibilitar a recolha de informação, permite sensibilizar os empresários para “a importância da gestão de risco, uma vez que a existência de um planeamento adequado possibilita identificar os principais riscos e formas de mitigá-los”.
Quanto às oportunidades de negócio, 41,5% das PME portuguesas “considera crucial a redução de custos e despesas”, o que corresponde a um aumento de 9% nos últimos quatro anos.
A aposta em novos segmentos de clientes também foi enumerada como “uma importante oportunidade” por mais de um terço (36%) dos empresários portugueses.
Por outro lado, a necessidade de condições de crédito atrativas aumentou 8% entre as PME portuguesas nos últimos quatro anos.
O estudo mostra ainda que cerca de 5,5% das PME portuguesas estão “ainda mais pessimistas” uma vez que não detetam oportunidades a breve prazo.
A expansão para os mercados internacionais como oportunidade de negócio, por sua vez, desceu de 16% para 11% nos últimos quatro anos.
Questionados sobre a possibilidade de crescimento do negócio por via da aquisição de concorrentes, apenas 5,5% das PME portuguesas considerou este fator como uma oportunidade.
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