Martin Baron tomou posse do cargo de editor do Boston Globe em 2 de junho de 2001. Nesse mesmo dia, este jornalista então com 47 anos de idade e 25 de ofício, reuniu-se, primeiro, com toda a equipa do jornal e, logo a seguir, com cada uma das editorias da redação. O Boston Globe tinha a funcionar de
António Costa vai entrar na primeira semana do resto da sua vida política como primeiro-ministro, vai tentar convencer Bruxelas – e as agências de rating e os organismos nacionais – da bondade de uma estratégia económica e financeira que tem tudo para correr mal. E ao mesmo tempo recupera – ou deixa
É uma grande sorte ou um enorme azar, é o que vos digo. Vários problemas da humanidade podiam resolver-se assim num piscar de olhos. Se pelo menos as estátuas, como a pintura e outras representações artísticas, colaborassem. Há que pôr esta gente na ordem. Mas vamos por partes.
Sempre que há eleições, lembro-me de um episódio caricato que vivi há duas ou três vidas - e que me ajuda a relativizar a vida, as pessoas, a política. Ao ver a reportagem da SIC, com Marcelo Rebelo de Sousa, na passada segunda-feira, primeiro dia do candidato eleito, essa historieta voltou a sentar
O Governo tem que convencer os analistas com números realistas e não com insinuações de incompetência. É que os incompetentes das agências de rating têm um poder muito superior aos dos gabinetes ministeriais, porque os primeiros é que decidem a que taxas de juro é que os segundos conseguem financiar
Vamos ter a política portuguesa menos mal disposta. Com um Presidente comunicador como é Marcelo e um Primeiro-ministro negociador como é Costa, anunciam-se meses de equilíbrio harmónico no topo do Estado e na governação do país. É um alívio numa época em que há que suturar a fratura social. Não é q
Marcelo Rebelo de Sousa é o novo Presidente da República, ganhou à primeira volta, ele, sem apoios partidários, sozinho, suportado numa reputação, construída anos a fio no comentário político televisivo, numa carreira académica e na capacidade, única, de falar ao Centro-Esquerda sendo de Direita. An
Das eleições presidenciais cuja campanha para a primeira ou única volta hoje termina, já se ouviu dizer muita coisa. Que são maçadoras, que são favas contadas, que são pitorescas, que não interessam para nada, que põem fim ao cavaquismo, que são plurais, que puxam pelas mulheres, que são uma fantoch
Tornou-se um dos temas mais debatidos nesta campanha morna: Marcelo Rebelo de Sousa levaria vantagem porque foi, ao longo dos últimos anos, comentador politico na TV e na rádio. Ou seja, tornou-se popular. Que eu saiba, não há estudos que comprovem essa relação directa - e a minha intuição diz-me qu
Houvesse um Ali Babá na história e o título desta crónica era outro. Mas não há. Os 30 deputados que pediram ao Tribunal Constitucional para verificar a constitucionalidade da redução das subvenções vitalícias optaram por fazê-lo pela calada. Entende-se porquê. O despudor é tão grande que até eles o
Ryszard Kapuscinski, mestre essencial para jornalistas de sucessivas gerações, analisou, no começo deste século que "antes, a notícia era a verdade, agora tornou-se mercadoria". Ele foi a África pela primeira vez em 1957 e voltou vezes sem conta ao longo de meio século. Testemunhou, sem lugares comu
Manuel Caldeira Cabral é um crente. Em quê? Crente nas promessas dos empresários e gestores da restauração, nas juras de redução dos preços junto dos consumidores e na contratação se o Governo descer o IVA do setor de 23% para 13%. E se tal não suceder? "Ficava preocupado", diz o ministro da Economi
O telefone tocou, a taxista activou a opção "alta voz" e eu, no banco de trás, fui espectadora do que se seguiu. "Muito bom dia, tenho o prazer de estar a falar com a senhora fulana de tal?". A taxista confirma, enquanto continua a driblar o trânsito de Lisboa. "Senhora fulana de tal, fala do Banco
A semana foi tão marcada pela figura e pela obra de David Bowie que é difícil escapar-lhe. Já tudo foi dito, as canções recordadas, as múltiplas imagens do camaleão devidamente assinaladas. Há primeiras páginas de jornais notáveis, como a do francês Liberation e do britânico The Guardian; há textos
Temos, provavelmente de forma exagerada, horror à chamada instabilidade política. E se das eleições não sai uma maioria absoluta? E se não é possível formar uma coligação estável? E se daqui a uns meses vamos novamente para eleições? E se a legislatura não se cumpre até ao fim?
O que é que aconteceu na noite de fim de ano na grande praça diante da majestosa catedral e da estação central de comboios de Colónia? Foi uma noite de vergonha, com intoleráveis ataques a centenas de mulheres. O corpo e a intimidade da mulher – das mulheres - foi o principal alvo. Os homens que em
É preciso muita coragem para continuar a ser um investidor em Portugal, e não estou a pensar nos grandes fundos, naqueles gigantes internacionais que fazem tremer as bolsas, estou mesmo a pensar nos pequenos, nos que investem as suas poupanças nas empresas portugueses e são tão mal-tratados, ao pont
Desmonta-se a árvore de Natal, empacotam-se as bolas e as luzes, guardam-se as passas e o champanhe que possam ter sobrado do réveillon. Acabou-se o bolo-rei, mas a festa talvez ainda não.
A Constituição da Republica Portuguesa não estabelece um patamar acima do qual (ou, mais rigorosamente, abaixo do qual…) a ideia de democracia ganha contornos de ridículo, absurdo, de estapafúrdio, de risível. Se o fizesse, tenho a certeza que os momentos que vivemos nestas semanas já estavam no top
Desta vez ninguém poderá queixar-se de falta de debate ou de défice de esclarecimento. São 14-debates-14 os que as televisões estão a fazer entre os candidatos à presidência da República. Todos contra todos, como num campeonato de futebol.
O ano de 2016 não começou no dia 1 de Janeiro, na verdade, do ponto de vista político, económico e social, o ano começou em Outubro, mais precisamente no dia 4, quando as legislativas abriram um outro ciclo, alguns dizem que novo. Mas do que (já) sabemos, o que está para vir nos próximos doze meses
O melhor contrato é o MEO, ouve-se a norte. NOS é que conseguimos um acordo histórico, bradou Bruno de Carvalho. A Águia não quer ficar de bico calado e já se fala em cláusula de salvaguarda. Os "Três Grandes" do futebol português venderam jogos, camisolas, publicidade no estádio, televisões dos clu
Nestes dias finais do ano vai uma animação entre os principais clubes de futebol e os principais distribuidores de televisão com a sucessão de contratos sobre os direitos de transmissão dos jogos, cedências de canais de tv próprios, publicidade no estádio e outras ferramentas de comunicação.
Quando o céu parecia estar a desabar-lhe sobre a cabeça, eis que o presidente do Sporting, Bruno de Carvalho, dá à luz um negócio que, pelos números envolvidos, é o mais gigantesco de sempre envolvendo instituições desportivas portuguesas. São 515 milhões de euros distribuídos pela NOS ao longo de 1