O Presidente russo, Vladimir Putin, advertiu hoje de que suspenderá novamente o acordo de exportação de cereais ucranianos se Kiev violar as garantias escritas de não utilizar o corredor humanitário e os portos ucranianos para fins militares.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse que o tráfego de navios que transportam cereais ucranianos foi retomado na quarta-feira após um telefonema entre os ministros da Defesa turco e russo.
Três novos navios de carga com cereais partiram esta manhã dos portos ucranianos em direção ao corredor humanitário do Mar Negro, anunciou o Centro de Coordenação Conjunta (JCC) em Istambul.
O Governo turco iniciou hoje negociações com a Rússia para que o país retome o acordo de exportação de cereais e fertilizantes com a Ucrânia, que abandonou no sábado, após denunciar um ataque de Kiev contra os seus navios.
O governo ucraniano afirmou hoje que a rota de exportação de cereais através do Mar Negro foi bloqueada, após a Rússia ter anunciado no sábado que suspendia o acordo que lhe permitia operar durante os últimos três meses.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, considerou hoje escandalosa a decisão da Rússia de suspender a sua participação no acordo sobre as exportações de cereais a partir dos portos ucranianos, vitais para o abastecimento alimentar mundial.
O presidente da Ucrânia acusou hoje a Rússia de atrasar a saída de barcos de cereais dos portos ucranianos para instigar a crise alimentar e provocar aumentos de tensão política e social em países que dependem dessas exportações.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) anunciou a chegada hoje ao porto de Djibuti de um navio fretado pelas Nações Unidas (ONU), com 23 mil toneladas de trigo ucraniano para a região do Corno de África, que atravessa uma seca histórica.
A seca contribuiu para a segunda pior campanha de cereais de inverno dos últimos 105 anos, de acordo com as previsões agrícolas, divulgadas hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
O primeiro navio humanitário fretado pela ONU para transportar cereais ucranianos deixou hoje o porto de Pivdenny, para África, com cerca de 23.000 toneladas, anunciou o Ministério das Infraestruturas da Ucrânia.
Quatro navios de transporte retidos na Ucrânia devido à guerra receberam hoje autorização para deixar a costa do mar Negro, no âmbito do acordo assinado por Kiev e Moscovo para permitir a retoma das exportações de cereais.
A chegada ao Líbano prevista para hoje do primeiro navio de cereais que saiu da Ucrânia, sob um acordo de guerra, foi adiada, disseram hoje o Governo libanês e a Embaixada da Ucrânia no país.
Cinco navios cargueiros foram autorizados a zarpar hoje dos portos ucranianos de Tchernomorsk e Odessa para prosseguir a exportação de cereais, anunciou no sábado o Centro de Coordenação Conjunta (CCC) que está supervisionar as operações.
A ministra da Agricultura destacou hoje as "metas exigentes" em matéria de auto-aprovisionamento de cereais, através da redução da dependência externa e aumento de produção, e garantiu que os problemas com os produtores já foram ultrapassados.
O primeiro navio carregado de cereais que saiu da Ucrânia depois da invasão da Rússia, em fevereiro, já foi inspecionado em Istambul e vai seguir o seu caminho.
A Ucrânia espera retomar nos próximos dias as exportações de cereais interrompidas desde o início da guerra, apesar do bombardeamento russo contra o porto de Odessa no sábado passado.
A Ucrânia e a Rússia assinaram hoje acordos separados com a Turquia e a ONU para desbloquear a exportação de cerca de 25 milhões de toneladas de cereais presos nos portos do Mar Negro.
A presidência russa (Kremlin) admitiu hoje ser "muito importante" permitir a exportação dos cereais bloqueados nos portos ucranianos devido à ofensiva russa, poucas horas antes da muito esperada assinatura de um acordo sobre esta questão.
A produção de cereais no ano agrícola 2020/2021 foi uma das mais baixas dos últimos 35 anos, em reflexo da redução quase generalizada em todas as espécies, agravando o grau de autoprovisionamento, segundo estatísticas do INE.