O último projeto de documento final da cimeira do clima (COP26) tem merecido reações mistas, com especialistas a elogiarem o equilíbrio entre as exigências e as propostas de financiamento, enquanto ambientalistas lamentam mudanças nas medidas sobre combustíveis fósseis.
Várias centenas de pessoas juntaram-se hoje ao fim da manhã frente à entrada da cimeira do clima da ONU em Glasgow para protestar contra o impasse nas negociações e exigir ação concreta das nações contra as alterações climáticas.
Os países participantes da COP26 vão ser convidados a limitar o financiamento "ineficiente" em relação aos combustíveis fósseis e a acelerar a saída da utilização de carbono, refere o último projeto de documento final da cimeira.
Mais de 200 climatólogos escreveram uma carta aberta à cimeira do clima que decorre em Glasgow, perguntando se leram bem os avisos dos cientistas e pedindo medidas imediatas e decisivas contra o aquecimento global.
Defensores da energia nuclear na cimeira do clima das Nações Unidas consideram que esta fonte é limpa, segura e não pode ser retirada das opções no combate à autonomia energética e redução das emissões de dióxido de carbono.
As promessas de redução de emissões de dióxido de carbono (CO2) para limitar o aquecimento global "soam a oco" enquanto o mundo não deixar os combustíveis fósseis, disse hoje o secretário-geral da ONU.
As temperaturas globais tiveram um aumento "sem precedentes" nos últimos 150 anos, indica uma análise às temperaturas globais dos últimos 24.000 anos feita pela Universidade de Arizona, Estados Unidos, hoje divulgada.
O vice-presidente da Comissão Europeia encarregado das questões climáticas, Frans Timmermans, afirmou hoje que seria “extremamente mau” remover a referência ao carvão e combustíveis fósseis na declaração final da COP26, como pretendem alguns países menos desenvolvidos.
Portugal juntou-se hoje a outros dez países e territórios numa declaração para acabar com a exploração de gás e petróleo, uma intenção por enquanto limitada, pois só um país com produção significativa, a Dinamarca, definiu um prazo.
Portugal e outros quatro países europeus emitiram hoje uma declaração conjunta em que defendem que a energia nuclear não seja incluída nas fontes energéticas sustentáveis pela União Europeia, deixando de receber financiamento europeu.
Um grupo de 22 países em desenvolvimento que inclui China e Índia exigiu que um capítulo sobre mitigação das alterações climáticas seja removido do texto final da COP26 por considerar que está a ser imposto pelos países ricos.
O presidente da cimeira do clima da ONU manifestou-se hoje preocupado com a falta de progresso nas negociações sobre financiamento climático na véspera da data marcada para o fim da COP26.
A “última esperança” para limitar o aquecimento global a +1,5ºC ou apenas “blá blá blá”, a cimeira mundial do clima de Glasgow entra hoje na reta final, ainda que falte “uma montanha para escalar”.
Os negociadores da cimeira do clima em Glasgow, Reino Unido, devem apresentar hoje um texto de conclusões "praticamente final", segundo o presidente da conferência, Alok Sharma, num dia também dedicado às cidades e regiões.
Portugal e vários países europeus vão assinar na quinta-feira uma declaração que exclui a energia nuclear das fontes energéticas consideradas sustentáveis, defendendo que não possa receber financiamento europeu, anunciou hoje o ministro do Ambiente e Ação Climática.
O ministro do Ambiente afirmou hoje que na melhor das hipóteses, os compromissos da cimeira do clima significam um aquecimento global de 1,9 graus até 2100, ainda aquém do objetivo do Acordo de Paris para as alterações climáticas.
A China e os Estados Unidos concluíram uma "declaração conjunta sobre o fortalecimento da ação climática", anunciou o enviado chinês para o clima, Xie Zhenhua, hoje, em Glasgow, onde decorre a conferência sobre o clima COP26.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, admitiu hoje que as boas intenções registadas nos primeiros dias da COP26 deram lugar a uma “situação difícil” para alcançar um acordo que mantenha o aquecimento global nos termos do Acordo de Paris.
Um grupo de países e empresas anunciou planos para deixar de produzir automóveis com motores de combustão e dedicar-se aos veículos elétricos até 2040 e, ou mais cedo, em 2035, nos principais mercados, mas Portugal ficou de fora.
Os participantes nas negociações climáticas das Nações Unidas estão a avaliar uma primeira versão de uma conclusão da 26.ª conferência do clima das Nações Unidas (COP26), a decorrer em Glasgow, que destaca “alarme e preocupação” sobre o aquecimento global.
O setor dos transportes, responsável por grande parte das emissões de gases com efeito de estufa, é hoje o grande tema da cimeira do clima de Glasgow, no dia em que Portugal fala no segmento de alto nível da conferência.
Falhar em matéria de alterações climáticas coloca em risco a saúde e segurança de mais de 1,2 mil milhões de jovens, alertam hoje em Glasgow, Reino Unido, responsáveis ligados à Organização Mundial da Saúde (OMS).
O vice-presidente da Comissão Europeia Frans Timmermans alertou hoje que o mundo não está "nem sequer perto" dos objetivos da cimeira do clima de Glasgow, Reino Unido.
Os novos compromissos apresentados pelos países para combater as alterações climáticas levarão a um aquecimento global de 2,7 graus celsius, 2,1 na melhor das hipóteses, indica uma estimativa da ONU hoje divulgada.