A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) revelou hoje que a greve dos enfermeiros dos blocos operatórios já motivou o adiamento de quase mil cirurgias programadas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
A greve dos enfermeiros cancelou quase 5.000 cirurgias em duas semanas de protesto, disse à Lusa uma fonte sindical, admitindo estender a paralisação a ouros hospitais caso o Governo continue a recusar dialogar com os sindicatos.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros garante que os profissionais em greve nos blocos operatórios estão a “cumprir escrupulosamente” os serviços mínimos decretados e não admite que se ponha em causa a ética e deontologia dos enfermeiros.
Os administradores hospitalares alertam que há doentes em situações graves que estão a ver as cirurgias adiadas com a greve dos enfermeiros, considerando que o panorama é “extremamente grave”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje, em Faro, que a greve de 40 dias convocada pelos enfermeiros é lícita, mas advertiu que não podem ser os profissionais a decidir quando e a que serviços fazem greve.
Cerca de 100 enfermeiros concentraram-se hoje em protesto no Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, para lutar pela progressão de carreira e, no caso dos enfermeiros especialistas, pelo suplemento remuneratório, informou fonte sindical.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho vai encerrar a partir de sábado quatro camas, duas na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e duas na Unidade de Cuidados Intensivos de Cirurgia Cardiotorácica, devido a uma diminuição do número de enfermeiros.
Um abaixo-assinado subscrito por mais de 800 enfermeiros vai ser entregue na sexta-feira à administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), para exigir a correta contagem de pontos para efeitos de progressão na carreira, foi hoje anunciado.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, afirmou esta quinta-feira que a remarcação das cirurgias canceladas devido à greve dos enfermeiros “é prioritária” para minimizar o impacto desta situação nos doentes.
Enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões e do Centro Hospitalar Tondela Viseu manifestaram-se hoje pelas ruas da capital de distrito e exigiram o fim das injustiças e a admissão de mais profissionais.
Cerca de 40 enfermeiros concentraram-se hoje em protesto no Centro Hospitalar do Barreiro Montijo, no distrito de Setúbal, para entregar um abaixo-assinado onde exigem a progressão de carreiras.
O Serviço Nacional de Saúde precisa de mais 5.500 médicos, 30 mil enfermeiros e de 140 farmacêuticos para os hospitais, segundo um retrato apresentado hoje em Lisboa pelas ordens profissionais.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros (OE) avisa que o Serviço Nacional de Saúde não terá capacidade para reprogramar nos próximos anos as "milhares de cirurgias" canceladas devido à greve dos enfermeiros em blocos operatórios.
Mais de 500 cirurgias foram adiadas no primeiro dia da greve cirúrgica dos enfermeiros, segundo os sindicatos, que estão a reunir-se com os hospitais para afinar os serviços mínimos para salvaguardar que nenhum doente grave fica por operar.
O Ministério da Saúde afirma que fez “um esforço muito significativo” para ir ao encontro das reivindicações dos enfermeiros e entende que a manutenção da greve vai atrasar o processo negocial e um possível acordo.
O bastonário dos Médicos manifestou hoje preocupação com os efeitos da greve prolongada dos enfermeiros, mas entende que a situação dos trabalhadores na saúde ultrapassou o limite do aceitável, não descartando formas de luta semelhantes desencadeadas por outros profissionais.
O movimento de enfermeiros que esteve na origem da greve prolongada em blocos operatórios agendou cinco manifestações para quinta-feira, coincidindo com o arranque da paralisação que só termina no fim do ano.
Enfermeiros de cinco blocos operatórios de hospitais públicos iniciam na quinta-feira uma greve de mais um mês às cirurgias programadas, que pode adiar ou cancelar milhares de operações.
Os enfermeiros mantêm a greve que começa na quinta-feira nos blocos operatórios de cinco hospitais, por falta de acordo com o Governo sobre a estrutura da carreira, informaram hoje os sindicatos que convocaram a paralisação.
A bastonário da Ordem dos Enfermeiros admite que a greve prolongada em blocos operatórios, agendada para a próxima semana, é uma "medida extrema", mas lembra que os profissionais trabalham em condições inadmissíveis.
Um abaixo assinado subscrito por 817 enfermeiros foi hoje entregue no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, para exigir a correta contagem de pontos para efeitos de descongelamento e progressão na carreira, disse à Lusa fonte sindical.
O Ministério da Saúde adiou para a próxima semana as reuniões negociais com os sindicatos dos enfermeiros que estavam previstas para hoje, segundo as estruturas sindicais.
Um dos sindicatos que convocou a greve de enfermeiros nos principais blocos cirúrgicos do país avisa o Governo que o problema não está na legitimidade da paralisação, mas no descontentamento que leva à criação de movimentos “mais radicais”.
O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares, Alexandre Lourenço, classifica como "muito preocupante" a greve cirúrgica dos enfermeiros que está agendada, porque vai causar grandes constrangimentos no acesso aos cuidados de saúde, sobretudo por ser prolongada no tempo.