O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses admitiu hoje novas formas de luta em janeiro se, até lá, o Governo não se comprometer por escrito a garantir a progressão na carreira.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, afirmou esta quinta-feira que é necessário “medir o equilíbrio entre as razões de um grupo profissional e os sacrifícios que a greve exige aos portugueses”, referindo-se à paralisação prolongada de enfermeiros.
O movimento de enfermeiros que recolhe fundos para a greve prolongada em blocos operatórios angariou mais de 22 mil euros em menos de 48 horas para uma nova paralisação.
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) alertou esta quarta-feira para a falta de enfermeiros no Centro Hospitalar do Baixo Vouga (CHBV), em Aveiro, adiantando que a situação poderá agravar-se com a cessação de vários contratos a termo incerto.
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos, responsabilizou esta quarta-feira o Governo pelas consequências da greve dos enfermeiros ao assumir uma “atitude passiva” e continuar “sem chamar os sindicatos para negociar”.
A ministra da Saúde classificou esta quarta-feira como “cruel” a greve dos enfermeiros que dura há quase três semanas em blocos operatórios, considerando que é um protesto que “se vira contra os mais fracos”.
Representantes dos enfermeiros consideram que há uma “campanha de contrainformação” para alarmar a população e denegrir os profissionais em greve e avisam que não será possível reprogramar todas as cirurgias adiadas nos primeiros meses do próximo ano.
O presidente do PSD apelou hoje ao bom senso do Governo e dos enfermeiros em greve, pedindo a estes profissionais de saúde que "metam a mão na consciência" face ao impacto da paralisação nos blocos operatórios.
O movimento de enfermeiros que recolheu fundos para a greve prolongada em blocos operatórios lançou uma nova angariação de dinheiro, pretendendo juntar 400 mil euros para uma nova fase de paralisação.
O primeiro-ministro defendeu hoje não ser aceitável que a greve dos enfermeiros já tenha adiado mais de 5.000 cirurgias programadas, considerando que “ninguém pode morrer pelo exercício do direito à greve”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu hoje recorrer aos hospitais privados para realizar algumas cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros caso o Serviço Nacional de Saúde não consiga responder a todas as situações.
A ministra da Saúde, Marta Temido, apelou esta terça-feira às ordens profissionais para conterem algum “excesso verbal” na greve dos enfermeiros porque pode “transparecer uma sensação de insegurança” numa altura em que se impõe serenidade.
O presidente do PSD defendeu na segunda-feira à noite ser preciso encontrar um equilíbrio entre a defesa "legítima" dos interesses dos enfermeiros e o "prejuízo que se pode causar aos doentes", assinalando que há ausência de paz social no país.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho reabriu hoje as duas camas que no início do mês havia fechado na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, recorrendo ao “trabalho extraordinário” de enfermeiros, anunciou hoje a unidade de saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou hoje que “não faz sentido” os médicos operarem sozinhos nos hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros em blocos operatórios porque não se está a viver “nenhuma situação de catástrofe”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta sexta-feira que as cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros, que calculou em quatro mil, vão ser reagendadas a partir de 1 de janeiro de 2019.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) vai reunir-se na segunda-feira de manhã com os diretores dos cinco hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros em blocos operatórios.
A ministra da Saúde reúne-se esta sexta-feira com as administrações dos hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros, para garantir uma adequada remarcação das cirurgias que estão a ser adiadas.
A Ordem dos Médicos estranha o silêncio e passividade do Governo perante a greve dos enfermeiros, avisando que “há muitos doentes prioritários que não estão a ser operados”, e pede a divulgação dos casos das pessoas com cirurgias adiadas.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) revelou hoje que a greve dos enfermeiros dos blocos operatórios já motivou o adiamento de quase mil cirurgias programadas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
A greve dos enfermeiros cancelou quase 5.000 cirurgias em duas semanas de protesto, disse à Lusa uma fonte sindical, admitindo estender a paralisação a ouros hospitais caso o Governo continue a recusar dialogar com os sindicatos.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros garante que os profissionais em greve nos blocos operatórios estão a “cumprir escrupulosamente” os serviços mínimos decretados e não admite que se ponha em causa a ética e deontologia dos enfermeiros.
Os administradores hospitalares alertam que há doentes em situações graves que estão a ver as cirurgias adiadas com a greve dos enfermeiros, considerando que o panorama é “extremamente grave”.