Representantes dos enfermeiros consideram que há uma “campanha de contrainformação” para alarmar a população e denegrir os profissionais em greve e avisam que não será possível reprogramar todas as cirurgias adiadas nos primeiros meses do próximo ano.
O presidente do PSD apelou hoje ao bom senso do Governo e dos enfermeiros em greve, pedindo a estes profissionais de saúde que "metam a mão na consciência" face ao impacto da paralisação nos blocos operatórios.
O movimento de enfermeiros que recolheu fundos para a greve prolongada em blocos operatórios lançou uma nova angariação de dinheiro, pretendendo juntar 400 mil euros para uma nova fase de paralisação.
O primeiro-ministro defendeu hoje não ser aceitável que a greve dos enfermeiros já tenha adiado mais de 5.000 cirurgias programadas, considerando que “ninguém pode morrer pelo exercício do direito à greve”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, admitiu hoje recorrer aos hospitais privados para realizar algumas cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros caso o Serviço Nacional de Saúde não consiga responder a todas as situações.
A ministra da Saúde, Marta Temido, apelou esta terça-feira às ordens profissionais para conterem algum “excesso verbal” na greve dos enfermeiros porque pode “transparecer uma sensação de insegurança” numa altura em que se impõe serenidade.
O presidente do PSD defendeu na segunda-feira à noite ser preciso encontrar um equilíbrio entre a defesa "legítima" dos interesses dos enfermeiros e o "prejuízo que se pode causar aos doentes", assinalando que há ausência de paz social no país.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho reabriu hoje as duas camas que no início do mês havia fechado na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, recorrendo ao “trabalho extraordinário” de enfermeiros, anunciou hoje a unidade de saúde.
O bastonário da Ordem dos Médicos, Miguel Guimarães, afirmou hoje que “não faz sentido” os médicos operarem sozinhos nos hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros em blocos operatórios porque não se está a viver “nenhuma situação de catástrofe”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse esta sexta-feira que as cirurgias adiadas devido à greve dos enfermeiros, que calculou em quatro mil, vão ser reagendadas a partir de 1 de janeiro de 2019.
O bastonário da Ordem dos Médicos (OM) vai reunir-se na segunda-feira de manhã com os diretores dos cinco hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros em blocos operatórios.
A ministra da Saúde reúne-se esta sexta-feira com as administrações dos hospitais onde decorre a greve dos enfermeiros, para garantir uma adequada remarcação das cirurgias que estão a ser adiadas.
A Ordem dos Médicos estranha o silêncio e passividade do Governo perante a greve dos enfermeiros, avisando que “há muitos doentes prioritários que não estão a ser operados”, e pede a divulgação dos casos das pessoas com cirurgias adiadas.
A Secção Regional do Centro da Ordem dos Médicos (SRCOM) revelou hoje que a greve dos enfermeiros dos blocos operatórios já motivou o adiamento de quase mil cirurgias programadas no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC).
A greve dos enfermeiros cancelou quase 5.000 cirurgias em duas semanas de protesto, disse à Lusa uma fonte sindical, admitindo estender a paralisação a ouros hospitais caso o Governo continue a recusar dialogar com os sindicatos.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros garante que os profissionais em greve nos blocos operatórios estão a “cumprir escrupulosamente” os serviços mínimos decretados e não admite que se ponha em causa a ética e deontologia dos enfermeiros.
Os administradores hospitalares alertam que há doentes em situações graves que estão a ver as cirurgias adiadas com a greve dos enfermeiros, considerando que o panorama é “extremamente grave”.
A ministra da Saúde, Marta Temido, disse hoje, em Faro, que a greve de 40 dias convocada pelos enfermeiros é lícita, mas advertiu que não podem ser os profissionais a decidir quando e a que serviços fazem greve.
Cerca de 100 enfermeiros concentraram-se hoje em protesto no Hospital Garcia de Orta, em Almada, no distrito de Setúbal, para lutar pela progressão de carreira e, no caso dos enfermeiros especialistas, pelo suplemento remuneratório, informou fonte sindical.
O Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho vai encerrar a partir de sábado quatro camas, duas na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais e duas na Unidade de Cuidados Intensivos de Cirurgia Cardiotorácica, devido a uma diminuição do número de enfermeiros.
Um abaixo-assinado subscrito por mais de 800 enfermeiros vai ser entregue na sexta-feira à administração do Centro Hospitalar Universitário do Algarve (CHUA), para exigir a correta contagem de pontos para efeitos de progressão na carreira, foi hoje anunciado.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde, Francisco Ramos, afirmou esta quinta-feira que a remarcação das cirurgias canceladas devido à greve dos enfermeiros “é prioritária” para minimizar o impacto desta situação nos doentes.
Enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Dão Lafões e do Centro Hospitalar Tondela Viseu manifestaram-se hoje pelas ruas da capital de distrito e exigiram o fim das injustiças e a admissão de mais profissionais.