O ministro Adjunto e da Economia disse esta sexta-feira que o acordo entre os sindicatos e os operadores portuários do Porto de Setúbal é uma “notícia muito importante para a economia portuguesa”.
O Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística (SEAL) disse esta sexta-feira que a greve às horas extraordinárias nos portos vai manter-se, à exceção de Setúbal, para onde foi hoje alcançado um acordo que permite o regresso “à normalidade”.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, destacou esta sexta-feira “a maturidade, empenho e sentido de responsabilidade” que permitiram alcançar um acordo entre os sindicatos e os operadores portuários que garante a paz social no Porto de Setúbal.
Os estivadores chegaram a acordo com os operadores portuários para a integração de 56 trabalhadores no porto de Setúbal, disseram esta sexta-feira à agência Lusa os estivadores desta estrutura portuária. A greve dos estivadores chega, desta forma, ao fim, após mais de um mês de paralisação.
A exportação de suínos portugueses para a China, cujo início estava previsto para dezembro, só deve iniciar-se em janeiro devido ao "tráfego de contentores" provocado pela greve dos estivadores eventuais de Setúbal, disse o diretor da federação de suinicultores.
A AISET - Associação Industrial da Península de Setúbal advertiu hoje em comunicado que a paralisação do Porto de Setúbal está a "asfixiar" as principais empresas da região e apelou a uma solução urgente para o problema.
O parlamento aprovou hoje, por unanimidade, um requerimento do BE para “audição urgente” da ministra do Mar, a administração do Porto de Setúbal e o Sindicato dos Estivadores e da Atividade Logística (SEAL) devido ao conflito laboral.
O Porto de Setúbal está praticamente parado há um mês devido à recusa dos estivadores eventuais em se apresentarem ao trabalho, em protesto contra a situação de precariedade em que se encontram, alguns há mais de 20 anos.
A líder do BE, Catarina Martins, afirmou hoje que a responsabilidade pela paralisação do Porto de Setúbal desde 5 de novembro não pode ser atribuída aos estivadores precários, mas às empresas que contratam trabalhadores ao dia e ao turno.
A Federação Nacional dos Sindicatos de Trabalhadores Portuários (FNSTP) considerou hoje que o conflito laboral no porto de Setúbal foi promovido por um sindicato com outras finalidades que não a situação dos trabalhadores portuários daquela cidade.
A empresa de trabalho portuário de Setúbal Operestiva considerou hoje que foi a intransigência dos representantes sindicais que impediu a concretização de um acordo para desbloquear o conflito laboral no porto de Setúbal.
O presidente do Sindicato dos Estivadores (SEAL) acusou hoje as empresas portuárias de quererem protelar a precariedade e a perseguição a alguns trabalhadores, responsabilizando-as pelo fracasso das negociações para um acordo laboral no Porto de Setúbal.
As negociações para um acordo laboral no Porto de Setúbal falharam, anunciou hoje o Ministério do Mar, que acusa os representantes do sindicato dos estivadores de utilizarem os trabalhadores "como moeda de troca para uma luta de poder sindical".
O Porto de Leixões, em Matosinhos, recebeu hoje 700 automóveis da Autoeuropa para embarque, podendo chegar a um parqueamento de 5.000 carros até final do ano, anunciou a Administração dos Portos do Douro, Leixões e Viana do Castelo (APDL).
O Governo propôs hoje à Administração do Porto de Setúbal a emissão, em três semanas, de uma recomendação "inequívoca" do número de trabalhadores necessários aos quadros permanentes e apelou aos trabalhadores temporários para que suspendam a paralisação.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, convidou hoje 13 entidades para aquela que será a primeira reunião entre o Governo, a administração do Porto de Setúbal e os sindicatos para discutir a situação dos estivadores.
O primeiro-ministro afirmou esta sexta-feira que "era desejável" que no Porto de Setúbal pudesse haver um diálogo social normal como nos outros portos do país e não caracterizado pelo "tipo de atuação que lá tem existido".
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, garantiu esta quinta-feira que tem "acompanhado permanentemente, com atenção e com preocupação", o conflito laboral no porto de Setúbal, esperando um "bom desfecho", apesar de não querer comentar processos específicos.
A coordenadora do BE defendeu hoje que, no diferendo no porto de Setúbal, "a pressão toda deve ser sobre as empresas que não estão a cumprir a lei e que querem abusar", lembrando que "não se trabalha ao dia".
A empresa para quem trabalham os estivadores do porto de Setúbal em greve desde o início do mês concorda com o Governo, que pede urgência na redução de trabalhadores precários neste setor, mas diz que só pode contratar 30 funcionários.
O SEAL - Sindicato dos Estivadores e Atividade Logística propôs hoje o agendamento de novas reuniões com os operadores portuários para tentar ultrapassar o conflito laboral no Porto de Setúbal, que está praticamente parado devido à paralisação dos estivadores eventuais.
A ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, disse hoje que as duas empresas que operam no Porto de Setúbal querem contratar 30 estivadores precários para os quadros, mas tal tem sido recusado pelos funcionários.
O presidente do Sindicato dos Estivadores do Centro e Sul, António Mariano, disse hoje que 90% dos trabalhadores do Porto de Setúbal são precários e por isso “está tudo parado” à espera que terminem as “manobras de intimidação”.
O Sindicato dos Estivadores Conferentes e Tráfego dos Portos do Douro e Leixões recusa-se a comparecer na reunião de hoje com a ministra do Mar, em Matosinhos, que diz servir para tentar um acordo com outro sindicato.