O diretor clínico e os 51 chefes de equipa do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho, que se demitiram, abandonam funções a 6 de outubro se o Governo não der nenhum “sinal positivo”, avançou esta segunda-feira à Lusa o bastonário. Miguel Guimarães avisou ainda que as demissões se vão repetir
A Ordem dos Farmacêuticos denunciou hoje que há hospitais públicos a deixar de dar medicamentos em dose unitária aos doentes por dificuldades de pessoal, lembrando que este método dá mais segurança e diminui erros.
Cerca de 1.600 profissionais de saúde foram contratados até maio para responder à passagem às 35 horas semanais de trabalho e a maioria das 2.000 contratações adicionais já foi autorizada, disse o ministro da Saúde.
Os profissionais dos hospitais que estejam a fazer 40 horas de trabalho semanais depois do início do mês terão de receber horas extraordinárias, disse hoje o ministro da Saúde, lembrando que as unidades são obrigadas a cumprir a lei.
A Ordem dos Farmacêuticos prevê uma rutura de prestação de cuidados nos hospitais "como não há memória" a partir de julho e diz que a situação é tão grave que "está posta em causa a segurança dos doentes".
Portugal desconhece o número de profissionais de saúde que estão efetivamente a trabalhar, o que ameaça “qualquer definição política de prioridades de recursos humanos”, segundo o Relatório de Primavera 2018 do Observatório Português dos Sistemas de Saúde (OPSS).
A espera média por uma primeira consulta de especialidade é superior a um ano em pelo menos 20 hospitais públicos portugueses, o dobro do tempo máximo definido, havendo doentes que esperam mais de três anos.
O ministro da Saúde disse hoje que se pretende generalizar ao maior número de unidades de saúde as práticas de uma iniciativa que envolveu 19 hospitais e que reduziu em mais de 50% quatro tipos de infeções hospitalares.
Os hospitais privados insistiram hoje na integração de temas na nova tabela de preços dos beneficiários da ADSE, que, dizem, continuam a ser protelados pelo Instituto Público.
Os hospitais do setor público continuam a assegurar a maior parte dos cuidados de saúde, mas o setor privado tem continuado a crescer e há já mais hospitais privados do que públicos.
A Ordem dos Médicos vai monitorizar em todos os hospitais o cumprimento das equipas tipo nos serviços de urgência e exigir às direções clínicas que cumpram o número de profissionais exigidos.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, assinalou hoje que o Governo “também já reconheceu” a necessidade de “ser acelerado” o processo de contratação de novos profissionais para acorrer a necessidades imediatas.
O Ministério da Saúde está a estudar uma forma de colocar mais médicos no Algarve durante o verão, mesmo que os hospitais de origem dos profissionais não pretendam a sua saída temporária.
Amostras de água de hospitais nas cinco regiões de saúde foram colhidas e estão a ser analisadas no âmbito do Programa de Intervenção Operacional de Prevenção Ambiental da Legionella (PIOPAL), revelou o presidente do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge.
Um estudo realizado nos hospitais públicos nacionais revelou que em 6% dos internamentos ocorre pelo menos um evento adverso, uma situação que se associa a um aumento de 5% para 7% do risco de morte hospitalar desses doentes.
O Ministério das Finanças garante que foram transferidos para os hospitais os 500 milhões de euros para pagamento de dívidas, mas que o dinheiro vai sendo pago à medida que forem validadas as dívidas.
O PSD quer que o ministro da Saúde explique se as dívidas dos hospitais aos fornecedores vão ser pagas por antiguidade, lamentando “mais uma derrapagem dos prazos” para os pagamentos.
O CDS-PP vai “ainda hoje” chamar ao parlamento o ministro das Finanças por causa das dívidas dos hospitais, porque o ministro da Saúde “perdeu a autonomia” para falar sobre gestão de recursos do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Os administradores hospitalares desconhecem que haja médicos internos a fazerem urgência sozinhos, mas lembram que quem faz as escalas são médicos e que qualquer irregularidade deve ser corrigida para garantir a qualidade dos serviços de saúde prestados.
Trinta e cinco centros de saúde de Lisboa e Vale do Tejo vão ter horário alargado durante a semana até finais de janeiro e haverá mais unidades de saúde abertas ao fim-de-semana devido ao pico da gripe.
O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), formado por três unidades hospitalares, foi reforçado com 155 médicos internos desde terça-feira, comunicou hoje o Ministério da Saúde.
A bastonária da Ordem dos Enfermeiros, Ana Rita Cavaco, denunciou hoje, em declarações à Lusa, "o caos instalado na maior parte das urgências do país" e apelou ao Ministério da Saúde que "tome uma atitude".
Em cada 100 doentes internados em Portugal, 7,8 adquiriram uma infeção associada aos cuidados de saúde, taxa superior à média europeia, mas que representa uma descida de 2,7 pontos percentuais em relação a 2012, segundo dados oficiais.
Os hospitais com taxas de cesariana superiores a 29,5% ou 31,5%, consoante o grau de diferenciação, não vão receber do Estado o pagamento pelos respetivos episódios de internamento, no âmbito do programa para a redução destas cirurgias.