Dezenas de políticos e empresários russos, bem como quatro bancos, foram acrescentados à lista de sanções na União Europeia (UE) e diplomatas serão expulsos de Bruxelas, na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia, foi hoje anunciado.
O ministro das Finanças, Fernando Medina, deu hoje conta de "uma unanimidade" entre todos os Estados-membros da União Europeia sobre "a necessidade de reforço das sanções à Rússia", que a Comissão Europeia vai propor ainda hoje.
A Rússia prometeu hoje responder à vaga de expulsões dos seus diplomatas de países da União Europeia (UE), depois dessa medida ter sido anunciada, esta manhã, por mais dois países: Itália e Dinamarca.
O regulador russo de comunicações, Roskomnadzor, exigiu hoje que a enciclopédia virtual Wikipedia ponha termo à "publicação de informação falsa" sobre o que Kremlin denomina "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia.
A procuradora-geral da Ucrânia denunciou hoje que o país já registou "mais de 4.000 crimes de guerra" cometidos pelas forças russas durante o conflito e revelou que as circunstâncias da morte de civis em Bucha ainda não foram verificadas.
A Rússia vai apresentar hoje "documentos" mostrando o que afirma ser a "verdadeira natureza" dos acontecimentos na cidade ucraniana de Bucha, onde as forças russas são acusadas de ter massacrado civis, indicou o ministro dos Negócios Estrangeiros.
A expressão crimes de guerra está em cima da mesa, praticamente desde que a Rússia invadiu a Ucrânia. As descrições e as fotografias que chegaram de Bucha é a constatação disso. O que é um crime de guerra e como pode ser julgado? As perguntas e as respostas.
O embaixador russo nas Nações Unidas afirmou hoje que "nem um único residente de Bucha sofreu qualquer violência às mãos dos russos", classificando como uma "encenação" as imagens de cadáveres nas ruas e valas comuns na cidade ucraniana.
Numa visita a Bucha, o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, afirmou que houve "crimes de guerra" na cidade recentemente recuperada às tropas russas. "Serão reconhecidos como genocídio", disse aos jornalistas.
O coronel Valeriy Timovets, responsável pela defesa militar na cidade de Ovidiopol, afirmou à Lusa que os políticos nunca deram ordem ao exército ucraniano para recuperar o enclave de Donbass, no leste do país, e por isso é que o conflito se manteve suspenso tantos anos.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, disse hoje que as imagens do alegado massacre de civis pelas tropas russas em Bucha (Ucrânia) são um "murro no estômago".
O primeiro-ministro português, António Costa, classificou hoje como "uma barbaridade inaceitável" as "atrocidades contra civis" cometidas em Bucha, na região de Kiev, onde muitos corpos foram descobertos após a retirada do exército russo.
Os corpos de 410 civis foram encontrados em territórios da região de Kiev recentemente recuperados pelas forças ucranianas, anunciou hoje a procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova.
A Rússia negou hoje que as tropas russas tenham matado civis na cidade de Bucha, na região de Kiev, e assegurou que todas as fotografias e vídeos publicados pelo governo ucraniano são uma "provocação".
As tropas da Ucrânia encontraram corpos com sinais de tortura, mãos atadas e ferimentos de bala, após os soldados russos terem saído dos arredores de Kiev, indicaram hoje as autoridades.
Após a retirada das forças russas, uma rua arborizada na localidade ucraniana de Bucha, nos arredores de Kiev, ficou repleta de corpos dispersos, até onde a vista pode alcançar. A fuga apressada da Rússia após a ocupação dos subúrbios da capital revela mais devastação a cada dia.
A invasão russa da Ucrânia, que começou a 24 de fevereiro, já tirou a vida a oito jornalistas profissionais e a um cidadão-jornalista, sendo seis dos quais ucranianos, afirmou hoje a agência de notícias espanhola Efe.
O porta-voz do Kremlin avisou hoje que política de sanções do ocidente à Rússia está a acelerar o processo de erosão da confiança nas reservas cambiais em todo o mundo e a pôr em causa a fiabilidade do dólar e do euro.
O Exército russo assumiu o ataque realizado hoje a uma refinaria na região de Odessa, que supostamente abastecia as tropas ucranianas em Mikolaiv, declarou o Ministério da Defesa russo.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, usou a guerra na Ucrânia para obter vantagem nas eleições, apelando hoje ao voto nas eleições legislativas, classificando-as como "cruciais" para escolher entre a "guerra e a paz".
O chefe do grupo de negociações russo afirmou hoje que a Ucrânia está a cumprir lentamente os acordos já alcançados entre as duas nações em Istambul, mas elogiou uma postura "mais realista" de Kiev face à ideia de estado neutro.
O analista ucraniano Serhiy Harmash considera que a política de Vladimir Putin, é "o maior estímulo" para os ucranianos combaterem a invasão russa, salientando que o país está hoje mais bem preparado para resistir do que há oito anos.
O Governo da Lituânia anunciou hoje que suspendeu as importações de gás russo devido ao conflito na Ucrânia, tornando-se no primeiro país europeu a fazê-lo, segundo o ministro da Energia do país, Dainius Kreivys.