Na opinião do arcebispo de Boston, Sean O'Malley, as palavras do papa, ditas na passada quinta-feira, no Chile, foram “uma fonte de grande dor para sobreviventes de abusos sexuais", e acrescentou não poder explicar por que razão Francisco "escolheu as palavras específicas que usou".
O pontífice defendeu na passada quinta-feira o bispo chileno Juan Barros e assegurou que as acusações de que este encobriu os abusos sexuais a menores cometidos pelo sacerdote Fernando Karadima “são calúnias”.
“No dia em que trouxerem uma prova contra o bispo Barros, eu falarei”, declarou o papa aos jornalistas à chegada à cidade Iquique, onde celebrou a terceira e última missa da sua visita ao Chile.
“Não há uma única prova, tudo é calúnia", disse Jorge Mario Bergoglio.
Durante a sua visita ao Chile, o papa Francisco encontrou-se com um grupo de chilenos vítimas de abuso sexual por parte de sacerdotes e pediu desculpa “pelos danos irreparáveis” sofridos.
O’Malley afirmou, todavia, que Francisco "reconhece plenamente as notórias falhas da igreja e do clero que abusou das crianças e o impacto devastador que esses crimes tiveram sobre sobreviventes e seus entes queridos".
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