O primeiro a reagir foi o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, que falou aos jornalistas.
"Hoje os meus pensamentos estão com a sua família e os seus amigos", disse. Descreveu também Alexei Navalny como um "homem que lutou pela democracia e pela liberdade" na Rússia "durante tantos anos."
"É importante apurar todos os factos. O que sabemos é que a Rússia tem exercido um poder cada vez mais totalitário contra os opositores de Putin", disse também.
Já a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, recorreu à rede social X (antigo Twitter).
"O mundo perdeu um lutador cuja coragem ecoará através de gerações. Estou horrorizada com a morte do laureado com o Prémio Sakharov, Alexei Navalny", referiu.
"A Rússia tirou-lhe a liberdade e a sua vida, mas não a sua dignidade. A sua luta pela democracia continua viva. Os nossos pensamentos estão com a sua esposa e filhos", disse também.
Também da parte da União Europeia, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, afirmou que considera a Rússia “a única responsável” pela morte de Alexei Navalny.
Na rede social X, referiu que "Navalny lutou pelos valores da liberdade e da democracia. Pelos seus ideais, fez o sacrifício final".
"A UE considera o regime russo o único responsável por esta morte trágica. Apresento as minhas mais profundas condolências à sua família. E para aqueles que lutam pela democracia em todo o mundo nas condições mais sombrias. Os lutadores morrem. Mas a luta pela liberdade nunca termina", disse também.
A Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, recorreu também ao X, sublinhado estar "profundamente perturbada e entristecida com a notícia da morte de Alexei Navalny".
"Putin não teme nada mais do que a dissidência do seu próprio povo. Um lembrete sombrio do que são Putin e o seu regime. Vamos unir-nos na nossa luta para salvaguardar a liberdade e a segurança daqueles que se atrevem a enfrentar a autocracia", apelou.
Josep Borrell, Alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, disse também na mesma rede social estar "chocado" com a morte do opositor russo.
"Estou chocado com as notícias da comunicação social sobre a morte de Alexey Navalny, um homem muito corajoso que dedicou a sua vida para salvar a honra da Rússia, dando esperança aos democratas e à sociedade civil", sublinhou.
"Enquanto aguardamos mais informações, sejamos claros: esta é uma responsabilidade exclusiva de Putin", disse.
Da mesma forma, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, também se referiu a este acontecimento como uma "notícia terrível".
"Sendo o mais feroz defensor da democracia russa, Alexei Navalny demonstrou uma coragem incrível ao longo da sua vida. Os meus pensamentos estão com a sua esposa e com o povo da Rússia, para quem esta é uma enorme tragédia", disse.
Também o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse aos jornalistas em conferência de imprensa na Alemanha que é “óbvio” que Vladimir Putin está diretamente por trás da morte de Alexei Navalny.
Citado pela Sky News, sublinhou ainda que o presidente russo não se importa com quem morre, desde que a sua posição à frente do Estado esteja segura.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, manifestou igualmente tristeza pela anunciada morte de Navalny, lamentando que tenha pago a sua coragem com a vida.
"Qualquer pessoa empenhada na democracia deve temer pela sua segurança e pela sua vida e é por isso que estamos todos muito tristes", acrescentou, citado pela agência francesa AFP.
Nos Estados Unidos da América (EUA), a ex-secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, também recorreu ao X, com uma frase do antigo opositor: "Escute, tenho algo muito óbvio para lhe contar. Não tem permissão para desistir. Se eles decidirem matar-me, isso significa que somos incrivelmente fortes".
Desejou depois "as minhas mais profundas condolências à família e amigos de Alexei Navalny, à sua equipa e ao povo da Rússia".
Também o ex-vice-presidente, Mike Pence, sublinhou que: "Não há espaço no Partido Republicano para quem desculpa Putin. Descança em paz Alexey Navalny".
Já a atual vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, afirmou que, se for confirmada "isto será mais um sinal da brutalidade de [Vladimir] Putin. Seja qual for a história que contem, vamos deixar claro que a Rússia é responsável", disse no início do seu discurso na Conferência de Segurança de Munique, na qual, lembrou a mulher do opositor russo, Yulia Navalnaya.
"Esta é uma notícia terrível que estamos a trabalhar para confirmar", acrescentou o vice-Presidente norte-americana.
Também o chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken falou sobre o tema: "Esta morte numa prisão russa e a fixação e o medo de um homem apenas sublinham a fraqueza e a corrupção em torno do regime que Putin construiu. A Rússia é responsável por esta situação", declarou à margem da Conferência de Munique.
Outro líder no mesmo continente, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, disse à Rádio CBC que Vladimir Putin é um “monstro”.
Nas mesmas declarações, destacou "Ele foi um lutador muito forte pela democracia e pelas liberdades do povo russo. Isso realmente mostra até que ponto Putin... irá reprimir qualquer um que esteja a lutar pela liberdade do povo russo".
“É uma tragédia e é algo que faz o mundo inteiro lembrar exatamente o monstro que Putin é”, acrescentou.
O homólogo francês Emmanuel Macron, disse também no X que "na Rússia de hoje, os espíritos livres são enviados para o Gulag e condenados à morte. Raiva e indignação".
"Presto homenagem à memória de Alexei Navalny, à sua dedicação e à sua coragem. Os meus pensamentos vão para sua família, entes queridos e para o povo russo", sublinhou.
A primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, disse ainda que a Rússia “e todos os responsáveis” devem ser responsabilizados.
“A morte de Navalny é mais um lembrete sombrio do regime desonesto com o qual estamos a lidar”, escreveu no X.
A Presidente eleita da Bielorrússia, Sviatlana Tsikhanouskaya, também ela vítima de um regime opressor aliado de Putin, decidiu que seria em vídeo a forma de prestar homenagem ao opositor de Putin.
"Não tenho dúvidas de que Alexei Navalny foi morto propositadamente pelo regime de Putin. Neste momento, na Bielorrússia, dezenas de presos políticos são mantidos incomunicáveis por um regime aliado de Putin. Apelo à comunidade global para que tome medidas decisivas para salvar as suas vidas", disse.
Também o Presidente norte-americano, Joe Biden, manifestou-se hoje "indignado", mas "não surpreendido", com a notícia da morte do opositor russo Alexei Navalny, pela qual responsabilizou o homólogo russo, Vladimir Putin.
“Não se deixem enganar: Putin é responsável pela morte de Navalny”, disse o chefe de Estado, em declarações à imprensa.
Biden classificou Navalny como uma "voz poderosa pela verdade" mesmo a partir da prisão.
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