Vista geral (atualizado às 23h30)

  • Número total de incêndios rurais: 58
  • 8 em curso; 12 em resolução e 38 em conclusão
  • Número total de operacionais mobilizados: 2151
  • Número total de viaturas operacionais mobilizadas: 706
  • Número total de meios aéreos mobilizados: 0

*Fonte: site da Proteção Civil

Mais de 800 operacionais combatiam nove fogos ativos em Portugal continental pelas 23:00 de hoje, num dia marcado pela morte de um piloto que pilotava um avião anfíbio de combate a incêndios que se despenhou em Foz Côa (Guarda).

Os incêndios que, neste momento, estão a mobilizar mais meios de combate são os de Bragança, Ponte da Barca (Viana do Castelo), Chaves (Vila Real) e os dois que ocorrem em Baião (Porto).

De acordo com a informação disponível no ‘site’ da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), às 23:00, estavam no terreno a combater os incêndios em curso 807 operacionais, apoiados por 273 viaturas.

Na quinta-feira, à mesma hora, existiam 27 incêndios ativos, onde estiveram envolvidos 2.475 operacionais, apoiados por 743 viaturas.

Hoje, a região Norte está a ser a mais fustigada pelos incêndios e o fogo que lavra desde manhã em Espanha, junto à fronteira com Bragança, já obrigou a retirar 14 pessoas da aldeia da Petisqueira.

No lado português, pelas 23:00, encontravam-se 136 operacionais, com o apoio de 54 viaturas.

No distrito de Vila Real há também ainda um fogo ativo, que deflagrou na localidade de Bustelo, no concelho de Chaves, estão a combater as chamas 127 operacionais, apoiados por 36 veículos.

No concelho de Baião, no distrito do Porto, dois incêndios estão a ser combatidos por mais de 300 operacionais.

O fogo que deflagrou às 06:28 de quinta-feira, na localidade de Teixeira, está a mobilizar 167 bombeiros, apoiados por 61 viaturas.

O incêndio que deflagrou, também na quinta-feira, cerca das 15:30, na localidade de Lordelo, tem envolvidos no combate às chamas um dispositivo com 139 operacionais, 38 veículos.

Em Ponte da Barca, encontravam-se 217 operacionais, apoiados 74 veículos, a combater o incêndio que lavra há dias no Lindoso, que segundo presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, está “controlado”.

Além destes fogos, pelas 23:00 existiam mais três fogos ativos em Portugal continental.

Hoje, um piloto de um avião anfíbio de combate a incêndios morreu após a queda da aeronave que pilotava, numa vinha da Quinta do Crasto, em Castelo Melhor, concelho de Foz Coa, distrito da Guarda.

“O óbito foi decretado no local pela equipa médica do helicóptero do Instituto Nacional de Emergência Médica. O corpo do piloto ficou carbonizado e o avião anfíbio completamente destruído", disse à Lusa o presidente da Câmara de Foz Coa, João Paulo Sousa.

Viana do Castelo (23h30)

  • Número de ocorrências: 2
  • Onde: Lindoso (em curso); Vilar de Mouros (em conclusão)
  • 228 operacionais
  • 75 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora: 

O presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, classificou hoje à noite o incêndio que lavra há dias no Lindoso como “controlado”, alertando ainda assim para a existência de vários focos ativos.

“Nós temos vários focos ativos, mas podemos classificar o incêndio como controlado”, disse o autarca, em declarações à agência Lusa.

Augusto Marinho indicou vai ser mantida uma vigilância “muito ativa” durante a noite para que não haja nenhum reativamento.

“(…) São fogos difíceis e a qualquer momento um reacender numa área onde existe bastante matéria orgânica, bastante combustível, pode levar a um incêndio de grandes proporções novamente”, salientou.

No local, segundo do autarca, estão 217 operacionais, apoiados por 77 viaturas, sendo que alguns deles, avisou, já estão a fazer trabalhos de consolidação.

“Não há casas em risco, não vidas em risco, temos sim foco pontuais que estão a ser tratados pelos operacionais”, referiu.

Baião (no Porto, 23h30)

  • Teixeira e Teixeiró (em curso): 155 operacionais, 55 viaturas e 0 meios aéreos
  • Ancede e Ribadouro (em resolução): 104 operacionais, 29 viaturas e 0 meios aéreos.

O que se sabe até agora: 

Este incêndio, cujo alerta foi dado às 15:29 de quinta-feira, tem duas frentes ativas, e lavra em zonas de mato e eucaliptos.

O incêndio está a preocupar a autarquia, devido à proximidade com casas em Eiriz, situação que “está a ser acompanhada”, disse hoje o presidente do município. Paulo Pereira, informou ter havido, no início da manhã de hoje, uma nova projeção, na zona de Eiriz, que obrigou à colocação de meios para proteger as habitações, com o apoio de um helicóptero. “É uma situação que nos tem preocupado. Vamos ver como evolui [o combate às chamas] com o meio aéreo”, disse à Lusa.

O concelho vizinho de Amarante, colocou entretanto um autocarro de prevenção para se houver necessidade de retirar populares da zona de Murgido, na serra do Marão. Segundo o presidente da câmara, José Luís Gaspar, “está tudo preparado para o que for necessário, mas os meios estão posicionados no terreno para evitar o pior”.

Estima-se, anotou, que a área ardida seja de 1.700 hectares, no conjunto dos dois concelhos.

O autarca recordou que, no final de quinta-feira, a situação estava controlada nas frentes de Amarante, mas a mudança na direção do vento durante a noite agravou a situação.

Vila Real (23h30)

  • Número de ocorrências: 4
  • Onde: Bustelo (em curso); Telões (em resolução); Vila Verde e Alvão (em conclusão)
  • 154 operacionais
  • 46 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

As projeções provocadas pelo vento forte são a maior dificuldade no combate ao incêndio que deflagrou esta tarde e que lavra com alguma intensidade na zona de Bustelo, no concelho de Chaves, segundo fonte da Proteção Civil.

O alerta para o fogo, que lavra numa zona de mato e pinhal, foi dado às 14:45.

O segundo-comandante distrital de operações de socorro de Vila Real, Artur Mota, referiu que a zona de acolhimento empresarial de Chaves “já está fora de perigo” e que, pelas 19:45, não havia “aldeias em perigo”.

O fogo chegou a rodear a zona poente/sul desta zona empresarial.

Segundo Artur Mota, a prioridade dos operacionais é “conter o fogo” antes da aldeia raiana de Vila Meã e precisou que o vento está a dificultar o combate a este incêndio, devido às muitas projeções provocadas.

O presidente da Câmara de Chaves, Nuno Vaz, disse à Lusa que o fogo “inspira preocupação” porque “está com três ou quatro frentes ativas”.

“Com estas temperaturas altas, com algum vento, com muito mato e com uma rápida progressão e era importante que os meios, nomeadamente os aéreos, pudessem ser reforçados neste teatro de operações”, frisou, salientando esperar que a “situação fique mais favorável” nas próximas horas.

Bragança (23h30)

  • Número de ocorrências: 4
  • Onde: Urros e Peredo dos Castelhanos e São Julião de Palácios e Deilão (em curso); Vila Chã de Braciosa e Pombal e Vales (em conclusão)
  • 240 operacionais
  • 89 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

No breafing do 12:00 à comunicação social, André Fernandes, comandante Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), dava conta de "uma ocorrência em Bragança, um incêndio que teve origem em Espanha e se está a aproximar da fronteira portuguesa. Temos meios despachados e a fazer o combate para evitar que o incêndio entre em território nacional", acrescentou.

Leiria (atualizado às 23h30)

  • Número de ocorrências: 5
  • Onde: Caranguejeira, Barrocal - Sicó (em resolução); Regueira de Pontes, Vale Sobreiro e Marrazes e Barosa (em conclusão)
  • 169 operacionais
  • 52 viaturas
  • 0 meios aéreos

O que se sabe até agora:

Este incêndio foi dado como dominado, mas o site da Proteção Civil regista um reacendimento esta tarde em Caranguejeira, que mobilizava pelas 15h00 mais de 100 operacionais, 20 viaturas e 7 meios aéreos.

Mantém-se um forte dispositivo de efetivos no distrito de Leiria para acautelar reativações.

Entretanto, a Câmara de Leiria está já a fazer o levantamento dos danos provocados pelos incêndios que atingiram o concelho nos últimos dias, disse hoje o vereador da Proteção Civil, que revelou não haver, para já, pedidos de apoio.

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