"A russofobia oficial no Ocidente não tem precedentes, a sua dimensão é grotesca", declarou Lavrov, ao discursar na 77.ª sessão da Assembleia Geral da ONU.
"Não hesitam em declarar a sua intenção não apenas de infligir uma derrota militar ao nosso país, mas também de destruir a Rússia", afirmou, defendendo os "referendos" de anexação em curso em várias regiões da Ucrânia e atacando diretamente os Estados Unidos.
"Ao declarar-se a sua vitória na guerra fria, Washington considera-se quase um enviado de Deus na Terra, sem qualquer dever, mas com o direito sagrado de agir com impunidade em qualquer lugar e a qualquer momento", declarou Lavrov.
O chefe da diplomacia de Moscovo defendeu os "referendos" de anexação que decorrem em quatro regiões ucranianas sob controlo total ou parcial das forças, considerando que as populações recuperam "a terra onde os seus antepassados viveram durante centenas de anos".
A Ucrânia e a comunidade internacional não reconhecem a legitimidade das consultas.
Em 2014, a Rússia utilizou um referendo idêntico para legitimar a anexação da Crimeia, depois de ter invadido e ocupado esta península ucraniana situada na costa norte do Mar Negro.
Na mesma altura, eclodiu uma guerra separatista nas regiões de Donetsk e Lugansk com o apoio de Moscovo.
O Presidente russo, Vladimir Putin, reconheceu as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk dias antes de ordenar a invasão de Ucrânia, em 24 de fevereiro deste ano.
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