Sabe quem são os outros? São pessoas que sempre lá estiveram, mas que por alguma razão não reparávamos nelas. Pessoas que, de alguma forma, num determinado momento, se fizeram notar. Umas vezes por mérito, outras por demérito, outras vezes fruto da sorte de um jornalista ou por alguém ter simplesmente esbarrado nelas.

Um dos extremos da definição de "o outro" é o anónimo que publicou uma carta no The New York Times. Era o outro, autointitulou-se como “a resistência dentro da administração Trump” e amanhã vai lançar o "A Warning", também sob anonimato.

Mas há mais. O Jorge por exemplo. O outro Jorge que o Victor Abussafi nos dá a conhecer hoje em mais um artigo sobre o Brasileirão. É uma história que destaca um treinador que há pouquíssimo tempo era um dos que mais entusiasmava a nível mundial e que depois de um Campeonato do Mundo terrível no banco da Argentina acabou no Santos, onde agora tem brilhado (no espaço que o Flamengo ainda deixa livre para que outros brilhem).

O dia ficou marcado pelos outros. Ora veja: o outro na corrida à liderança do PSD, Miguel Pinto Luz, que oficializou a candidaturaBruno Jacinto revelou que avisou André Geraldes sobre a chegada dos outros (elementos da claque) à Academia de Alcochete; o Príncipe Andrew vê-se sob suspeitas de abuso de menores, em mais uma situação em que os outros ganham voz para exigir justiça; a GALP contratou um ex-governante que tomou decisões sobre a empresa e que surge como outro exemplo da aproximação excessiva entre o mundo empresarial e a política.

Depois há o João Dinis, que é "o outro" à segunda-feira. Ao lado de Ricardo Brito Reis desafia todas as semanas um convidado para falar sobre NBA, mas inexplicavelmente nunca aparece na fotografia que ilustra o podcast Bola ao Ar.

Senhoras e senhores, estes são os outros, e por vezes os outros também são notícia.