Segundo Duda, o facto de a Ucrânia ainda hoje se defender da invasão russa, iniciada há quase dois anos, demonstra a “vontade extraordinária” da população ucraniana de sobreviver, mas também a importância do apoio internacional.

O Presidente polaco sublinhou a necessidade de a comunidade internacional “não parar de ajudar a Ucrânia”, uma vez que “a fadiga da guerra é um fenómeno extremamente perigoso” que deve ser prevenido a todo o custo, refere a agência polaca PAP.

Para continuar a apoiar o país vizinho, Duda pretende reforçar a produção conjunta de munições e outro equipamento militar: “A cooperação europeia deve ser reforçada na construção de um tanque europeu ou no desenvolvimento da aviação europeia”, sustentou.

“Projetos conjuntos são bem-vindos”, concluiu o Presidente da Polónia, que desde o início da invasão russa emergiu como um dos principais aliados da Ucrânia, embora as suas relações tenham sido recentemente afetadas especialmente devido a divergências sobre a proteção europeia a Kiev em matéria de exportações ucranianas.

A Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022, com o argumento de proteger as minorias separatistas pró-russas no leste e “desnazificar” o país vizinho, independente desde 1991 após a desagregação da antiga União Soviética e que tem vindo a afastar-se do espaço de influência de Moscovo e a aproximar-se da Europa e do Ocidente.

A guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

As últimas semanas foram marcadas por ataques aéreos em grande escala da Rússia contra as cidades e infraestruturas ucranianas, enquanto as forças de Kiev têm visado alvos em território russo próximos da fronteira e na península da Crimeia ilegalmente anexada em 2014.