O Governo grego, dominado pelo partido de esquerda Syriza desde 2015, deveria terminar o mandato em outubro, mas a derrota eleitoral nas eleições europeias e regionais de 26 de maio face à oposição conservadora da Nova Democracia (ND) impeliu Tsipras a anunciar de imediato um pedido de audiência ao Presidente Prokopios Pavlopoulos para a antecipação do escrutínio.

A ND, liderada pelo político conservador Kyriakos Mitsotakis 51 anos, venceu com uma vantagem de quase dez pontos face ao partido de Alexis Tsipras, 44 anos, e que conseguiu garantir desde janeiro de 2015 diversas alianças para obter uma maioria parlamentar.

Nas regionais e municipais, que na Grécia coincidiram com as eleições europeias, os conservadores também venceram na maioria das regiões e municípios gregos, incluindo na capital Atenas.

Em setembro de 2015, apenas seis meses após a sua primeira eleição, Tsipras também optou por convocar de novo os eleitores quando aceitou um terceiro resgate junto dos credores internacionais (UE e FMI), que contrariou os resultados de um referendo sobre as relações com a designada ‘troika’.

Na sequência do escrutínio, e sem maioria parlamentar, Tsipras voltou a formar uma coligação com um pequeno partido soberanista de direita, uma estratégia que implicou críticas de diversos setores.

Nesse período, os gregos ainda eram sensíveis ao seu “carisma” e responsabilizavam os “velhos partidos (ND e Kinal, ex-Pasok) pela grave crise social e económica que atingiu a Grécia.

O país registou uma retoma económica em 2017 e conseguiu sair dos “programas de ajuda externa” no verão de 2018, mas permanece sob apertada vigilância dos credores internacionais.